
Foi a noite perfeita para fechar uma grande semana. Dois dias depois da festa de 116 anos do Inter, na data do aniversário do Beira-Rio, o time teve uma atuação irrepreensível para aplicar 3 a 0 no Cruzeiro.
Com o resultado, a equipe de Roger Machado chegou a quatro pontos em duas rodadas, na liderança do Brasileirão pelos critérios. Tudo isso dá ainda mais ânimo para o próximo compromisso, a estreia em casa na Libertadores, na quinta-feira, contra o Atlético Nacional-COL.
A partida, é preciso contextualizar, teve um marco ainda no primeiro tempo. Por falta que impediu uma chance claríssima, o zagueiro Jonathan, do Cruzeiro, foi expulso. Roger reconheceu que isso condicionou o jogo. Ele foi perguntado sobre o nível da atuação, se era a melhor do time sob seu comando. E respondeu:
— Foi uma ótima partida, mas reconheço que ter um jogador a mais por 70% do jogo pesa. Por isso, vamos tirar essa partida da análise. O que falei para os atletas é que fizemos o que tínhamos de fazer.
O técnico foi lembrado de algo que falou recentemente. Para ele, a virada de chave do time, no ano passado, foi empatar com o Cruzeiro no Mineirão tendo um jogador a menos por quase todo o jogo. Desta vez, fez valer essa vantagem. Por que o time consegue não perder com um a menos e golear com a mais?
— Porque temos maturidade. O time sabe que precisa se doar sempre. Ninguém pode pensar que pode dar 10% a menos porque tem um jogador a mais. O maior respeito ao adversário é manter o ritmo alto e a seriedade todo o tempo.
De fato, o Inter não se cansou nem se preservou. Fez o primeiro, o segundo, o terceiro e esteve perto de aumentar ainda mais a goleada. Alan Patrick desequilibrou, decidindo o jogo ainda na etapa inicial. E o resto do time acompanhou. Ninguém fez uma partida abaixo da crítica.
— Vivemos um bom momento coletivo, mesmo trocando peças, conseguimos manter um equilíbrio graças aos jogadores, que conseguem fazer o que é preciso em todos os momentos das partidas. Essa janela de jogos tem dado pouco tempo para montar jogo a jogo, mas os 10 meses de trabalho nos dão mais solidez para assimilar as ideias.
O técnico confirmou que Valencia é o novo centroavante titular. O equatoriano marcou mais um gol, e ainda podia ter feito outros. Borré, que entrou na segunda etapa, também fez o dele, o que mantém o alerta ligado para todos.
— Enner está recebendo oportunidade porque procurou em campo e achou. Ele é o titular do momento. Mas com mais 17 jogos (antes da parada da Data Fifa de junho), haverá uma alternância natural, vamos precisar de todos.
— Atacante necessita de gols. É importante. É algo muito lindo. Depois da lesão, faltava um pouco de ritmo. Aos poucos vou me sentir bem. Espero ficar o melhor possível para ajudar. A concorrência é boa para o time. Vamos necessitar de todos. Temos alternativas. É um elenco que tem hierarquia e que pode brigar. Queremos brigar em todas frentes. Temos um grande elenco.
Esse elenco volta a campo na quinta-feira. Se ganhar, ficará na zona de classificação à segunda fase da Libertadores. Mais uma chance para a torcida encher o Beira-Rio e acompanhar o grande momento do time. O jogo é às 19h.