
Nos 19 compromissos em 64 dias que o Inter está enfrentando, chegou a hora de jogar em casa. Às 18h30min deste domingo (6), os colorados recebem o Cruzeiro, no dia do aniversário do Beira-Rio, pela segunda rodada do Brasileirão.
O objetivo é alcançar a 15ª partida de invencibilidade (ou seja, todas as oficiais de 2025). E desta vez, com o primeiro rodízio de jogadores.
Como Roger Machado definiu, após o empate em Salvador, o "time que se nega a perder" terá esse desafio possivelmente com quatro mudanças na comparação com a equipe que jogou contra Flamengo e Bahia. É bem provável que o técnico tenha de tirar Juninho, Fernando e Wesley, por desgaste, além de Borré, pela fase de Valencia.
Mexer no time é algo que Roger tem evitado desde o Gauchão. Com a necessidade do título, o Inter usou força máxima sempre que possível. Agora, tentará algo semelhante. O técnico já avisou que raramente descaracterizará a equipe. Escalar 11 reservas será a exceção da exceção.
Algo semelhante ao que fez Jorge Jesus em 2019, quando treinou o Flamengo. Ele mexia pontualmente no time, trocando uma ou duas peças por partida, fazendo substituições no intervalo e usando outras armas para manter entrosamento e manter a imposição.
As trocas projetadas
Juninho, que deixou a partida contra o Bahia na metade do segundo tempo, deve dar lugar a Rogel, que entrou em seu lugar. Vitão seguiria entre os 11. Wesley, que se recuperou de lesão antes da decisão do Estadual e não reencontrou o futebol de antes da parada, cederia o posto a Carbonero. São trocas pontuais e simples, um pelo outro da mesma posição e com características semelhantes.
A outra troca, Fernando, tem mais impacto. Desde o Gre-Nal da Arena na final do Gauchão, o volante consegue executar duas funções dentro da mesma partida, o que permite ao Inter variar o repertório tático sem fazer alterações.
Ora ele é o homem à frente da defesa, que se soma à linha de meio-campo e ajuda o time a pressionar o adversário, ora é zagueiro, aumentando o poder de defesa da área.
— Quando fizemos o gol, Fernando estava à frente da linha da defesa, jogando quase como um meia. Não foi para buscar segurar algo. Foi para ter a sustentação e dar mais liberdade para o Aguirre e para o Bernabei para o campo de ataque — explicou Roger.
Sem Fernando, a tendência é de que jogue Ronaldo. Esse é volante, sem as características de eventualmente ser zagueiro. Para não mexer completamente no sistema, Bruno Henrique segue no meio.
O camisa 8, que completou sua 100ª partida pelo Inter diante do Bahia, marcou o gol colorado no Brasileirão. Sua característica ofensiva é importante também para apertar a marcação na saída de bola do adversário.
— Ao longo de toda a minha carreira, sempre tive essa característica de pisar na área e também arriscar chutes de longa distância. No jogo contra o Flamengo, tive a felicidade de fazer mais um gol em uma jogada que a gente treina quase todos os dias — declarou e completou:
— Espero seguir ajudando a equipe, seja com gols, assistências ou boas atuações. Tenho que seguir focado e trabalhando bastante porque a nossa temporada começou bem e queremos brigar por mais títulos.
A vez de Valencia
A presença de Valencia no ataque é uma resposta de Roger ao que o campo tem mostrado. O atacante equatoriano tem dado resposta superior à de Borré, marcando dois gols nas últimas partidas, mesmo tendo iniciado no banco contra o Bahia.
Isso não significa que o colombiano não vá entrar em campo. Pelo contrário, na maratona de abril e maio, ambos devem jogar o máximo de partidas possível.
O Inter resistiu bem aos dois desafios fora de casa. Agora, tem como missão vencer os dois compromissos que terá em casa na semana, contra Cruzeiro e Atlético Nacional-COL — este pela Libertadores. Ganhar no domingo é o presente ideal para os 56 anos do Beira-Rio.
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