
Está nos pés de Alan Patrick, Valencia, Fernando, Vitão e outros, a história do Inter. Cabe a eles impedir que Valdomiro, Figueroa, Pontes, Falcão, Carpegiani, Claudiomiro e tantos ídolos tenham sua marca igualada pelo rival.
A partir das 16h deste domingo (16), a geração atual colorada tem a chance de honrar os craques de 1969-76, que criaram a maior dinastia futebolística do Gauchão, e manter o lado vermelho como o único octa do Estado. Serão eles e mais de 50 mil colorados com essa missão, cuja primeira metade, disputada no sábado passado, deu a vantagem de 2 a 0.
Vídeo: Valdomiro e Bibiano Pontes mandam recado para a torcida:
A possibilidade de o Grêmio alcançar o feito colorado basicamente regeu este Gauchão. A memória da construção do octa aflorou os torcedores. Foram lembranças desde o primeiro título da série, 1969, até o último, o de 1976.
Naquele período, o do início do Beira-Rio, o Inter montou seu maior time. A conquista que abriu a série foi em 17 de dezembro de 1969. Um Gre-Nal na novíssima casa, na rodada final do octogonal, decidiria o título. Com um ponto a mais, coube aos colorados segurar o 0 a 0 e comemorar diante de 75 mil torcedores.
Entre 1970 e 1973, os títulos vieram antes do Gre-Nal final. Em 1974, a campanha perfeita: 18 jogos, 18 vitórias. A primeira conquista de Rubens Minelli teve apenas dois gols sofridos e 43 marcados. A partida final teve uma vitória sobre o Grêmio, 1 a 0. O adversário se repetiria nos dois anos seguintes, sempre com triunfos vermelhos.
Em campo nas conquistas
O ponto em comum em todos esses anos vestia a camisa 7, frequentava a ponta direita e tinha a precisão de uma máquina para bater na bola. Valdomiro Vaz Franco é o único cidadão octacampeão gaúcho. Por isso, tem autoridade para falar e dar uma sugestão ao grupo atual:
— O Gre-Nal é um dos melhores jogos possíveis, um clássico do futebol mundial. O Inter tem que botar na cabeça dos jogadores que o 2 a 0 da Arena ficou para trás, domingo começa 0 a 0. Precisa pensar em fazer um grande jogo, com a torcida incentivando, e buscar o título.
O discurso combina com o que Roger Machado vem falando desde o fim do jogo da Arena. Existe uma vantagem, ela foi construída com méritos e pode ser usada se necessário. Mas não pode ser levada em conta todo o tempo.
— O resultado foi importante, mas não há nada concretizado. Embora a vantagem seja muito boa, já vimos inúmeros eventos com mudanças. O adversário aceita o ambiente e leva ao campo — disse Roger.
O técnico está ansioso. Os jogadores, idem. Dirigentes, provavelmente, ainda mais. Não há quem tenha passado uma semana tranquila. Em especial a torcida. E é nela que Bibiano Pontes, campeão de 1969 a 1975 (só não esteve na última conquista), pede atenção:
— O Inter não deixar o adversário empatar em títulos em sequência é um presente para os colorados.
É o que todos querem no Beira-Rio. Cabe aos jogadores cumprir.
Quer receber as notícias mais importantes do Colorado? Clique aqui e se inscreva na newsletter do Inter.