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A pressão pela conquista de títulos é palpável no Beira-Rio. Homem da aldeia, Roger Machado está ciente do contexto que está inserido. Em entrevista à revista Placar, o técnico colorado falou sobre o momento que vive no clube e na carreira.
O treinador mostrou ser sabedor do momento vivido por ele e pelo clube. Não prometeu títulos, mas revelou que o desejo de seus jogadores para encerrar o período sem conquistas é grande.
— Precisamos entender onde estamos e qual é o momento da instituição. O Paulo Paixão fala: “O mundo só reconhece os seus 'botadores' de faixa”. E é uma grande verdade. O que conseguimos construir até aqui fez com que o torcedor voltasse ao estádio para além do resultado. Resgatamos a muitos, que hoje pensam: “Eu quero vencer, mas estou gostando da forma como meu time está se comportando”. É impossível prometermos conquistas, mas esse grupo está desejando marcar época com uma faixa no peito — contou.
Com 49 anos, Roger tinha, no início da carreira de treinador, a intenção de se aposentar aos 50. Isso ficou no passado. Hoje, ele não coloca mais prazo. Um dos motivos é se ver no ápice da maturidade.
— As experiências anteriores serviram de laboratório prático para uma maturidade que fui alcançando. E as inseguranças e dúvidas, que acabam sempre rodeando a cabeça do treinador, foram equalizadas com um pouco mais de serenidade. Mas eu sou o mesmo, tá? Mais experiente, mais vivido. Com muitos acertos e muitos erros — comentou.
Saída do Juventude
Roger também discorreu sobre a sua saída do Juventude para o Inter no ano passado. Segundo ele, a decisão se deu porque a chance de voltar a um grande clube fazia parte do seu plano de carreira.
— A oportunidade chegou em um momento de maior maturidade da minha carreira. Fosse antes, talvez, seria mais difícil acontecer. Mas pela experiência que adquiri e a visão diferente sobre algumas questões, deu certo. Foi uma decisão baseada em um plano de carreira: estar em um grande clube, que pode me colocar em grande destaque no futebol brasileiro, para almejar seleção e grandes conquistas — relatou.
O treinador colorado ainda comentou sobre o costume que tem de presentear jogadores com livros. Um dos agraciados no Inter foi o meia Alan Patrick.
— Já presenteei o Alan (Patrick) com um de futebol e outro da coleção Diálogos. Quando começo um trabalho, uma das coisas que faço é uma anamnese (entrevista inicial) para entender um pouco o jogador e seu momento.
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