Abel Braga é personagem importante da história do Inter. Foram sete passagens como técnico. Na mais vitoriosa, de 2006 a 2007, conquistou os títulos da Libertadores e do Mundial de Clubes. A última vez como treinador colorado ocorreu entre o fim de 2020 e o início de 2021. Em uma temporada que ultrapassou a virada do ano, por conta da pandemia do coronavírus, quase levou a equipe à conquista do Brasileirão.
Mesmo com o vice-campeonato, Abel Braga não permaneceu no Inter. Recém eleito como presidente, Alessandro Barcellos optou pela contratação de um novo treinador. Miguel Ángel Ramírez, que teve destaque no Independiente del Valle, foi o escolhido.
Últimas experiências como técnico
Em junho de 2021, Abel foi anunciado como técnico do Lugano, da Suíça. Era a segunda experiência como treinador no futebol europeu. Em 2000, teve uma passagem pelo Olympique de Marselha, da França.
A permanência no Lugano durou menos do que três meses. Foram apenas cinco jogos. Mesmo com três vitórias, em razão de uma troca no comando do clube suíço, teve o contrato interrompido.
Em dezembro de 2021, voltou ao Fluminense. A equipe carioca foi onde Abel Braga surgiu como zagueiro na década de 1970. Em abril de 2022, mesmo com mais de 70% de aproveitamento na casamata, e após ter sido campeão carioca, pediu demissão. Dois meses depois, anunciou a aposentadoria da função.
— Todo mundo reclama do número de jogos, que é muito grande. Não só o corpo, o mental também. Mas não estava aguentando mais esse número de viagens — declarou.
Nova função como dirigente
Em dezembro de 2022, foi contratado pelo Vasco para a função de diretor-técnico. Utilizar a experiência adquirida durante a carreira sempre foi um dos desejos de Abel Braga. Permaneceu até dezembro de 2023, quando optou por deixar o cargo depois da demissão do executivo Paulo Bracks.
Na época, revelou o acerto com Roberto Melo, então candidato à presidência do Inter, para virar diretor-técnico do Inter em caso de vitória de Melo na eleição, o que não ocorreu.
No período em que trabalhou no Vasco, Abel Braga deixou evidente que algumas limitações físicas começavam a atrapalhá-lo, ainda que a vontade de trabalhar com futebol, ainda que nos bastidores, permanecesse.
— São muitas viagens. Falei para o presidente que não quero mais não por causa da minha coluna. Daí combinei no Vasco que jogos fora eu não viajo. Participo do treino aqui, mas fora eu não viajo — pontuou.