Uma das frases prontas do futebol diz que o "se" não existe. Mas digamos que ele existisse e, a partir disso, abrisse um precedente para uma realidade paralela. Em uma delas, GaúchaZH resolveu imaginar como seria se Adriano Gabiru, autor do gol do título mundial do Inter, não entrasse em campo contra o Barcelona, em 2006.
Digamos que Abel Braga tivesse cedido às críticas da torcida colorada e, quando Fernandão tombou no gramado com cãibras, o treinador reavaliasse sua escolha. Naquele momento, havia três opções ofensivas no banco de reservas: Perdigão, Michel e Léo. Considerando que contra o Fortaleza, pela 35ª rodada do Brasileirão, a opção foi colocar Perdigão no lugar do camisa 9, ele poderia ter repetido a cena em Yokohama.
Apesar de ser divertido imaginar a cena em que o folclórico meio-campista marcasse o gol da conquista colorada, os números não ajudam. Em três temporadas de Beira-Rio, Perdigão marcou apenas um gol — contra o Emelec, pela Libertadores de 2007. Além disso, considerando que o gol marcado em Yokohama nasceu em um contra-ataque, também não seria possível ver o jogador acompanhando a velocidade de Iarley e Luiz Adriano.
Outra alternativa seria recorrer a Michel. Depois de iniciar a temporada como titular do Inter, o atacante acabou perdendo espaço na equipe. Além disso, sua situação era muito parecida com a de Gabiru, sendo um dos mais criticados pela torcida colorada. Portanto, se coubesse ao ex-atleta do Juventude marcar o gol da vitória, a cena seria tão inusitada quanto ver Gabiru superar a defesa espanhola.
Porém, nada seria capaz de superar um enredo que envolvesse Wason Rentería. Como a proposta é imaginar o "se", retrocedamos mais um pouco no tempo — mais precisamente, à última rodada do Brasileirão, quando o Inter perdeu por 4 a 1, em casa, para o Goiás. Consideremos que o atacante colombiano não tenha sofrido a entorse no tornozelo esquerdo que o tirou da lista do Mundial de Clubes e, em vez de Léo, integrasse a viagem à Ásia. Seria ele quem, aos 37 minutos do segundo tempo, estufaria as redes do goleiro Victor Valdés. Mas o melhor viria depois. Para comemorar o gol, o jogador puxaria a touca de Saci de dentro da bermuda e sairia pulando em uma perna só. Seria uma imagem icônica.
Por que fizemos esta matéria?
Entrando no clima da virada para 2020, GaúchaZH resolveu brincar com o improvável. Sempre admitindo que o "se" não existe no futebol, ou na vida, exercitamos a imaginação para relembrar momentos históricos do futebol neste século. São 10 episódios, logicamente não verdadeiros, que retratam os fatos com um desfecho diferente. A lista envolve principalmente a dupla Gre-Nal.
Quais os cuidados que tomamos para sermos justos?
No tratamento a Grêmio e Inter, tomamos o cuidado para sermos igualitários. São oito acontecimentos ocorridos desde o ano 2000 com os dois clubes, divididos em dois grupos, quatro relembrando momentos dos colorados e quatro dos gremistas. As abordagens sempre buscam referências em fatores que realmente poderiam ter mudado a realidade.