Uma vitória no clássico Gre-Nal, mesmo que não tenha levado a vaga, recuperou grande parte da autoestima colorada. Alguns amigos colorados me mandaram mensagem dizendo que já estavam a mais de oito horas sem perder para o rival, coisas dessa tradição incrível da corneta Gre-Nal, mas isso é maravilhoso, a flauta saudável sempre será bem-vinda. Quando educada e criativa, mais ainda.
Meus amigos gremistas mandaram logo depois do jogo na Arena aquela guriazinha que faz sucesso na internet mandando todo mundo parar e contando com os dedinhos em riste ela diz : "1,2,3 e deu... Agora deu!". Confesso que tive que rir, pois achei muito engraçada a brincadeira. Na manhã seguinte ao clássico no Beira-Rio, no centro da cidade, já víamos camisetas do Colorado sendo vestidas novamente com orgulho. E até aqueles velhos corneteiros de plantão davam o braço a torcer que temos chance de um bom trabalho com o Odair e que o D'Alessandro ainda sabe jogar bola, sim senhor.
Falando em camiseta, lembrei de uma vez que o meu irmão Paulinho ainda era pequeno e perguntou para o meu pai se ele poderia torcer para outro time que não fosse o Inter, que naquela época também estava lutando para se recuperar de uma sequência de vitórias do Grêmio. O pai disse para ele: "Claro que não, como é que tu vais ficar contra nós, teu pai, tua mãe, teus irmãos e tua irmã. Até o nosso cachorro aqui de casa, o Veludo, é do Inter." Então, meu pai foi até uma loja e comprou uma camiseta do Colorado para o meu irmão.
Em reconstrução
Estamos em reconstrução quanto à equipe, clube e também da autoestima. Precisamos dar as mãos e vestir por dentro e por fora a camiseta do nosso clube. Graças ao presente que ganhou aquela vez, o Paulinho se tornou ainda mais colorado e já comemorou muitas vitórias do seu Internacional com a sua inseparável camisa vermelha.