O goleiro Danilo Fernandes está perto do retorno definitivo aos gramados. Seis semanas depois da cirurgia por uma fratura no pé – intervalo em que fez uma partida de maneira emergencial, na final do Gauchão, contra o Novo Hamburgo –, o goleiro treina normalmente nesta semana e pode voltar ao grupo já na partida de sábado, contra o Paysandu. Depois do treino desta terça-feira (23), o goleiro falou sobre a recuperação.
– A previsão era de seis a oito semanas. Então, trabalhei dentro desta previsão de seis semanas para poder voltar. Claro que, naquele jogo (Novo Hamburgo), foi uma situação excepcional. Estou dentro do prazo, voltei a treinar com bola seis semanas depois da cirurgia. Estou me sentindo muito bem no dia a dia. Vou tentar recuperar o mais rápido possível o ritmo, preciso de alguns dias de treinamento. Para jogar, ainda não sei quando, mas treinar, já posso normalmente – explicou.
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Questionado sobre as críticas da torcida ao técnico Antônio Carlos Zago, Danilo Fernandes pediu o apoio e paciência dos torcedores durante a campanha na Série B do Brasileirão.
– A gente entende o lado do torcedor. Assim como eles, nós queremos vencer todas as partidas. No início do ano, falei que seria um ano difícil. Chegamos à final do campeonato onde poucos acreditavam, falavam que seríamos rebaixados no Gauchão. O trabalho está sendo bem feito. Claro, não queremos estrear em casa com um empate. Com todo respeito ao ABC, tínhamos que ter vencido. Tivemos oportunidades de gol, eles souberam se defender e, com um contra-ataque, arrumaram um gol. Pedimos paciência, porque precisamos deles (torcedores) neste momento. Depois do jogo, é normal cobrar. Mas precisamos de um pouquinho de paciência. No fim, vamos comemorar todos – afirmou.
O goleiro disse que a partida emergencial que fez contra o Novo Hamburgo, na final do Gauchão, foi a que sentiu mais nervosismo em toda a carreira. Ele revelou que sentiu dores na região lesionada – sobretudo na disputa de pênaltis.
– Fizemos um trabalho forte na semana, aqui dentro. Foi uma semana intensa. Na partida, estava parado há um mês. Ir para um jogo de alto nível é complicado. Não é desculpa, mas estar parado e jogar em cinco dias... Tive que jogar. A proteção foi a mínima possível, tomei remédios. No segundo tempo, senti dor, já estava latejando um pouco. Na adrenalina você não sente, mas nas jogadas, você fica mais lento porque pensa duas vezes. Toda hora eu estava lembrando. Disse para a minha esposa que foi o jogo mais difícil da minha carreira. Na minha estreia como profissional, eu estava mais calmo. Tive concentração extrema, saí muito desgastado – contou.
O Inter viaja para Belém no fim da tarde de quinta-feira, dois dias antes da partida contra o Paysandu, pela terceira rodada da Série B.
*ZHESPORTES