O primeiro tempo foi, certamente, uma das piores atuações que eu vi do Inter dentro do Beira-Rio nos últimos tempos. Era tudo na base do chutão, aos trancos e barrancos, da bola aérea, do "seja o que Deus quiser" e de uns contra-ataques tenebrosos que o Brasil-Pel ganhava com falhas nossas.
A coisa estava tão feia que o que mais me chamava a atenção era que o calção do Vitinho estava todo levantado em uma das pernas. Só que, no segundo tempo, algo aconteceu. Em dois minutos, Anderson e Andrigo viraram o jogo, e a partir daí só deu Colorado. Andrigo fez mais um, e Vitinho coroou com um golaço espetacular.
Leia mais:
Vitinho avalia atuação do Inter em goleada: "A galera entendeu o conceito de jogo"
"Mexeu muito com a gente", diz Marquinhos sobre conversa de Argel no intervalo
Argel destaca maturidade do Inter para a virada no Beira-Rio e fala em "sorte" no gol do Brasil-Pel
Meu amigo, que estava no estádio comigo, disse: "Vai ter que escrever que o mérito é do Argel, hein". Realmente, ele mexeu no time e o novo esquema favoreceu. Mas o que mudou mesmo foi a postura do time. Se foi na base do grito ou se foram inflamados pelas sonoras vaias do intervalo, não sei.
Só sei que não interessa o quão magoado o senhor estava por ter sido vaiado, Anderson. Não interessa o quanto o Argel gritou nos teus ouvidos. Você custou, e ainda custa, uma grana preta, veio cheio de marra e está se fazendo de gostoso há um ano, sem convencer. Além do mais, a fase do time não está boa. Então não vem fazer gol e fazer cara feia. Seja homem, bata no peito e siga jogando bola, que daqui a alguns jogos será aplaudido.
Entenda a torcida, tchê, que vive de paixão. Que vive de emoção e de sentimento por esta camisa que tu vestes. Não faça cara feia. Sorria que eu sorrio de volta. Prometo.
Acompanhe o Inter através do Colorado ZH. Baixe o aplicativo: