Eu queria ser uma mosca para saber o que diabos aconteceu no vestiário do Inter durante o intervalo. Sim, porque a transformação rumo à vitória sobre o Brasil-Pel, na noite desta quinta-feira, no Beira-Rio, não se deu apenas pela troca de William por Marquinhos, recuando Anderson e deslocando Fabinho para a lateral direita.
Foi uma substituição que surtiu efeito, sim, mudando a cara do jogo. Argel Fucks merece o elogio pela ousadia. Não trocou seis por meia dúzia. Arriscou. Ousou. Conseguiu fazer o seu time atacar também pelo meio, e não só buscando o ataque pelo lado, com cruzamentos. Mas não pode ter sido só isso. Não para virar de forma tão contundente, construindo o 4 a 1 em meia hora.
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Depois de um primeiro tempo apático, burocrático e displicente, no qual foi vaiado pela torcida, o Inter voltou mordendo o garrão para a etapa final. Passou direto da primeira para a quinta marcha na partida contra o Xavante.
Sasha e Marquinhos faziam a profundidade, com Andrigo por dentro e Vitinho adiante. Todos cresceram com esse redesenho, especialmente Anderson. Mesmo mais atrás, ele armou o time. Fez gol. Andrigo encaixou dois, um deles em bela assistência de Anderson, que passou de pior a melhor em campo em 45 minutos.
Suspeito que Argel tenha dado uma bronca lendária, daquelas de meter medo, tal foi o empenho até então desaparecido. O Inter vai para a última rodada no terceiro lugar com chance de terminar a primeira fase atrás apenas do Grêmio se vencer o Glória, em Vacaria, e o São José tropeçar.
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