Um sonoro aplauso ecoou na aeronave da Gol minutos antes de o voo CH9330 deixar Porto Alegre em direção a Manta. Da cabine de comando, o piloto apresentava não apenas as características do trajeto de 5h42min até a cidade que recebe o Inter no Equador, como destacava o fato de toda a tripulação sob suas ordens ser colorada.
- Damos as boas ao presidente Vitorio Piffero, aos demais dirigentes, aos jogadores e ao nosso capitão, Alex. É com muita honra que informo que todos a bordo deste avião são torcedores do Inter - disse o piloto Thiago Dubois.
Em voo marcado por turbulências, delegação do Inter desembarca em Manta, no Equador
Por mais que o confronto no Estádio Jocay, nesta quarta, às 19h45min, seja considerado uma espécie de decisão do grupo, a tentativa de passar calma e tranquilidade aos colorados, tanto jogadores quanto conselheiros e demais torcedores que integraram a delegação que vai ao Equador, era evidente. Emelec e Inter têm os mesmos seis pontos. O time do Equador, porém, está à frente por saldo de gols. Com a vitória, o Inter assume a primeira colocação do Grupo 4, e praticamente encaminha a classificação para as oitavas.
Durante a viagem, o diretor de futebol Carlos Pellegrini deixou sua poltrona, localizada na entrada do avião, uma meia dúzia de vezes.
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Passeava pelo corredor da aeronave até o fundo, onde estavam os atletas, para conversar. No meio do percurso, trocava olhares e frases curtas e objetivas com o técnico Diego Aguirre. Ria com os colorados que optaram por acompanhar o Inter no penúltimo confronto fora de casa na fase de grupos da Copa Libertadores.
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O presidente Vitorio Piffero matava o tempo no tablet em partidas intermináveis de Sudoku. Alguns jogadores dormiam. Outros ouviam música. Conversas e gargalhadas sonoras partiam dos que preferiram ficar acordados. Da tripulação, camisetas do Inter trocavam de mãos, atleta a atleta, em busca de um autógrafo para eternizar o momento com o clube do coração. O clima era de seriedade. Mas sem tensão - ainda que uma série de turbulências tenha insistido em chacoalhar o avião em boa parte do percurso até Manta.
- Estamos nos fechando como grupo, como equipe. O trabalho está começando a encorpar - resumiu Pellegrini, que tem como sonho conquistar quatro dos seis pontos que tem a disputar contra Emelec e Universidad de Chile antes de encarar o The Strongest, no Beira-Rio.
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Sem contar com o capitão D'Alessandro e Nilmar por lesões musculares, o sistema utilizado contra o Emelec será o 3-6-1, com Sasha à frente de um paredão vermelho composto por Alex, Aránguiz, Nilton, Nico Freitas, Léo e Fabrício. Os três zagueiros serão Réver, Ernando e Juan - este último atuará como líbero. Na terça, no CT do Parque Gigante, Aguirre treinou, pela terceira vez, o time que entrará em campo contra os equatorianos. Trabalhou a bola parada, jogada que pode decretar o resultado da partida pelas características dos titulares.
Enquanto Alex é o cobrador de faltas oficial, Réver, Juan, Ernando, Nilton e Fabrício se apresentam como alternativas para conclusão a gol.
A consistência defensiva das últimas partidas era o que faltava para o time engrenar, segundo a direção. As três vitórias nos últimos quatro jogos (Emelec, Aimoré e Brasil-Pel), sendo duas delas sem sofrer gols (Aimoré e Brasil-Pel), são celebradas. Os jogadores estão com Aguirre. O rodízio de atletas proposto para o Gauchão e
Libertadores agradou o vestiário.
- Ele não é um treinador de se fechar em um tipo de esquema. E, realmente, não vejo como definitivo este esquema 3-6-1. Acredito que vale é a resposta dos jogadores. Foi boa contra o Aimoré, boa contra o Brasil-Pel. Vamos ver amanhã (quarta) - apontou Pellegrini.
Sem D'Alessandro, será de Alex a braçadeira de capitão na partida entre Emelec x Inter. Além do respeito e liderança, pesa a favor do camisa 12 o fato de conhecer a Copa Libertadores como poucos no grupo. Além de levantar a taça com o Inter de Fernandão e companhia em 2006, Alex voltou a ser campeão da principal competição do continente com o Corinthians de Tite seis anos depois. O argentino permaneceu em Porto Alegre para sarar a lesão muscular na coxa direita - sofrida contra o mesmo Emelec, na partida realizada no Beira-Rio.
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À exceção de Marcos Marino, a direção de futebol do Inter viajou completa ao Equador. Além de Carlos Pellegrini, integram a delegação o diretor Celso Chamun e o diretor-executivo Jorge Macedo. O presidente Vitorio Piffero e o vice eleito Pedro Affatato, o vice-presidente de Administração Alexandre Limeira e o vice de patrimônio Emídio Ferreira completam a escalação.
Ouça: a postura do Inter para enfrentar o Emelec no Equador
Os relacionados:
Goleiros: Alisson e Muriel
Zagueiros: Ernando, Réver, Juan e Alan Costa
Laterais: Léo, Fabrício
Volantes: Nilton, Dourado, Nico Freitas e Aránguiz
Meias: Alex e Anderson
Atacantes: Jorge Henrique, Rafael Moura, Taiberson, Vitinho e Sasha
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