
O Inter está na mão de Abel Braga. Sim. O técnico campeão do mundo em 2006 já se declarou para a massa, se dizendo colorado e colocou a direção na parede. E não há alternativas. Tite seria o preferido de Giovanni Luigi. Mas o projeto de Adenor Bacchi para 2014 até o momento não contempla treinar clube algum - ainda que isso possa mudar, é claro, afinal, o futebol é dinâmico demais.
Muricy também jogou para a torcida. No caso, para a do São Paulo, ao lembrar a direção do clube que precisa renovar contrato para o ano da Copa. Clemer não será mantido como técnico - ainda que a direção mantenha as esperanças do goleiro campeão em 2006. Faz o que pode, mas não será o comandante para o ano da reinauguração do Beira-Rio.
A direção virou refém de uma nova temporada ruim - talvez pior que a do desastroso 2012, quando encerrou o Brasileirão em 10º lugar, distante quilométricos 25 pontos do campeão, Fluminense (de Abel Braga!). Hoje, o Inter também é o 10º (!) e está a 23 pontos atrás do líder Cruzeiro. Uma campanha quase tão ruim como a do ano passado.
O presidente Luigi não gostou das recentes entrevistas de Abel, alertou ao técnico carioca que não se trata de uma questão de vir correndo e, sim, de "sentar e conversar". Deu uma luz alta no treinador. Ao menos para consumo externo. Pode ser, mas o Inter está sem alternativas e, no momento, está na mão de Abel - que povoa os sonhos da massa e que já teve o seu nome cantado pelos colorados quando Dunga ainda estava na casamata. E o Inter não tem mais o direito de errar. Para o Inter, 2014 já começou (ou já deveria ter começado).