
O octacampeonato está ao alcance do Grêmio. Mesmo com a necessidade de uma jornada épica para superar o Juventude nas semifinais, o Tricolor ainda poderá terminar o campeonato com seu grande objetivo conquistado. Mas, agora, o adversário é o Inter. Um clássico que não acontecia na decisão do estadual desde 2021. E que servirá como principal teste para o início de temporada.
A semana de trabalho teve início na segunda-feira (3), com a reapresentação dos jogadores no CT Luiz Carvalho e o início dos treinos para a decisão do Gauchão. Ajustes que serão parte importante da semana de trabalho de Gustavo Quinteros.
Para saber quais peças estarão à disposição, o técnico ainda precisará aguardar a evolução dos trabalhos da semana. Rodrigo Ely, Amuzu e Aravena poderão ser reforços em um time que apresenta carências nos dois setores. Sem Jemerson, suspenso, Wagner Leonardo poderá ter Gustavo Martins como parceiro. A fim de aumentar o poder de fogo da equipe, Amuzu é cotado para ingressar no time. São alternativas que estão no roteiro desta semana para observação pela comissão técnica.
Problemas de marcação
Um dos pontos ressaltados por Gustavo Quinteros foi a falta de encaixe do Grêmio na marcação ao Juventude. A questão também já tinha sido levantada pelo técnico após o desempenho ruim contra o São Raimundo-RR. E, como ficou claro no gramado do Alfredo Jaconi, o Grêmio ainda precisa de um melhor equilíbrio no momento de pressionar os adversários com a bola.
— O jogo não foi muito bom para nós. No primeiro tempo não tivemos intensidade na pressão, o Juventude teve mais a bola, e corremos muito atrás da bola para defender. Depois vem a expulsão e isso nos complicou. Tivemos que armar duas linhas de quatro, com um centroavante. Não tivemos muitas oportunidades, exceto duas no segundo tempo. Devemos melhorar e seguir trabalhando, para que o jogo do Grêmio seja melhor — opinou Quinteros.
A avaliação do comentarista Maurício Saraiva, da RBS TV, é de que o Grêmio não pode repetir falhas em um setor fundamental para o jogo.
— O meio-campo deu muitos espaços ao Juventude. Marcou pouco com seus dois volantes. E não criou nada com o seu armador. Se acontecer isso contra o Inter, a chance de ter dificuldades é muito maior — projeta.
Pontos que estão na pauta de Quinteros e de sua comissão técnica para ajustes nos dias de preparação até o próximo sábado.
Intensidade como aliada
O caminho para o melhor funcionamento do sistema tático pensado por Quinteros para o Grêmio exige intensidade dos jogadores. O que ficou evidente nos melhores momentos da equipe contra o Juventude. Mesmo quando teve um jogador a menos, a equipe soube colocar em prática o que foi pensado.
— O Juventude mostrou ao Grêmio que, para jogar com as linhas tão adiantadas, é preciso ter uma marcação extremamente eficiente da saída de bola do adversário. O Juventude encontrou sempre espaço para fazer as ligações diretas e encontrar seus atacantes em velocidade contra a última linha defensiva do Grêmio — aponta Leonardo Oliveira, comentarista da partida entre Juventude e Grêmio para a Rádio Gaúcha.
Uma outra questão que também pode mobilizar o Grêmio para o Gre-Nal é a lição deixada pelos últimos jogos. Depois de jogar pouco contra o São Raimundo-RR, o time deu resposta na partida seguinte.
— A classificação na Serra poderá ter efeito muito parecido com a dificuldade superada contra o São Raimundo. De um quase fiasco, o time se mobiliza e joga a melhor partida do ano. Agora não seria fiasco, mas um quase fracasso. A lógica pode ser a mesma. O Grêmio entrará mais concentrado do que aconteceu na Serra — avaliou Maurício Saraiva.
Com o octa ao alcance, a torcida do Grêmio espera que as lições positivas se reforcem com a semana de trabalho no CT.
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