
O ano de 2025 para o Grêmio foi de reformulação de processos e nomes no vestiário. Além da saída do maior ídolo do clube, Renato Portaluppi, líderes do plantel deixaram o ambiente mais restrito do futebol: Geromel, Fabio e até mesmo Marchesín.
Logo, os remanescentes Villasanti e Kannemann começam a ganhar mais personagens para dividir o peso de voz ativa com os demais jogadores. São quatro atletas, recentemente contratados, que já tiveram destaque na visão da direção no quesito.
Volpi e Wagner Leonardo
Nos bastidores da vitória contra o Atlético-MG, no último sábado (29), na Arena, o Tricolor liberou imagens do discurso de dois jogadores que despontam tecnicamente, ganhando moral pelas atuações, mas também pelo envolvimento com a causa: Volpi e Wagner Leonardo. Ambos ocupavam o posto de capitães em seus antigos times, respectivamente, Toluca e Vitória.
O goleiro, mesmo que tenha o distanciamento geográfico dentro de campo, pela experiência, já é enaltecido pela postura interna. Ele superou a desconfiança inicial com defesas que evitaram resultados turbulentos. É visto como exemplo para outros jogadores.

Já o zagueiro, apesar de relativamente jovem, acumula bagagem de passagens por Santos e Cruzeiro. Ele tem chamado a atenção pelo discurso com os demais companheiros e relação no dia a dia de tranquilidade e foco.

Camilo é surpresa
A grande surpresa, mesmo que o departamento de futebol tenha buscado referências, é Camilo. O meio-campista, que pouco apareceu na vitrine do país no Cuiabá, chegou como alternativa para o meio-campo, e aproveitou a lacuna de Cuéllar, que ainda não se firmou. Desta forma, ele tem sido destacado pelas falas antes e depois dos jogos.

O outro nome, já com mais tempo de Grêmio, é Braithwaite. O dinamarquês, de carreira reconhecida no Velho Continente, também é visto como inspiração pelos mais jovens pela dedicação nos treinos e comprometimento. Por exemplo, ele faz questão de desenvolver o português para conseguir facilitar a comunicação.
Kannemann, o remanescente
Os quatro atletas, todos com menos de um ano de Porto Alegre, se juntam, segundo a direção, a Kannemann e Villasanti. O argentino, que aprimora a parte física, é visto como o grande ídolo do plantel. Ele é o último remanescente do time multicampeão da década passada. Enquanto o paraguaio, que chegou a assumir a braçadeira, deve seguir com voz ativa, mas sem a responsabilidade nas próximas partidas pelo desempenho, admitido publicamente, abaixo do projetado.
Ely e Edenilson
Outros dois jogadores, pela idade e experiência, também são vistos como respeitados: Ely e Edenilson. O primeiro deve sair na metade do ano, caso a nova investida do Almería-ESP seja confirmada. Já o volante não tem titularidade assegurada mesmo com algum destaque nos últimos jogos. Ele tem um perfil mais “retraído” para a função, de acordo com a leitura interna.

Nova metodologia
Gustavo Quinteros também chega com outra metodologia para lidar com o tema. Enquanto Renato tratava diversos assuntos com os líderes, o treinador tem relação respeitosa, mas não tem tanta abertura ao jeito brasileiro ainda. O treinador projeta definir em breve o novo capitão dentro de campo:
— Vou buscar dois ou três jogadores para ser capitão, variar em jogos, não sempre um. Fazer uma rotação — resumiu Quinteros, depois de ganhar do Atlético-MG, no último final de semana.