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No dividido e anárquico Grêmio do novo século, o novo vice-presidente de futebol, Alberto Guerra, é quase uma unanimidade. Quadro novo, seu nome circula com força como um possível presidente tricolor em três ou quatro anos. Ele é um dos raros que circulam com identidade própria no confuso mundo dos mais de 10 grupos políticos do clube. Quando foi escolhido para ser o número 1 do futebol, as restrições foram mínimas.
O advogado ocupou o mesmo cargo em 2010. Ajudou a classificar o time para a Copa Libertadores da América 2011. Ele tem a experiência necessária, mas está fora do futebol real desde então. Sem um executivo de futebol forte, alguém que conheça o mercado, seu sucesso será mínimo.
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O experiente Paulo Pelaipe seria o nome ideal para trabalhar ao lado de Guerra. O Conselho de Administração, que de futebol conhece só o mínimo – as contratações de Braian Rodríguez, Bobô, Kadu, Fred, Henrique Almeida e Wallace Oliveira passaram pela sua larga mesa na Arena –, não aprova Pelaipe.
Rui Costa sempre confiou em Roger. Guerra chega com um pé atrás. Observará o treinador durante as primeiras cinco rodadas do Brasileirão, 15 pontos possíveis. Seu favorito é o turbulento Renato Portaluppi. Aliás, ele é o dirigente gremista que melhor se entende com Renato, mesmo que o ex-jogador seja um treinador sazonal e se porte mais como um boleiro aposentado do que como um treinador em gestação.
Guerra viverá nas mãos de um executivo e de um treinador. Precisa encontrar jogadores e reformular o grupo. Deve ser rápido e cirúrgico. Quem começa mal o Brasileirão, dá adeus à temporada já no primeiro semestre.
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