Nesses anos atrás de um título, a solução definitiva do Grêmio sempre esteve fora de campo. Lembro de quando Eduardo Vargas, um atacante com ainda mais grife do que Miller Bolaños, aguardava a estreia. Ele tinha o chute, o arranque, a assistência. Tinha o faro do gol, mas não era o matador. Este era Barcos. Uma dupla de ataque e tanto, trazida para a Libertadores 2013, treinada por um técnico consagrado, que era Luxemburgo. E nem assim o encaixe se deu imediatamente.
Antes de a bola chegar ao ataque, há todo um processo. Não existe mágica, mesmo em equipes entrosadas como a do Grêmio de Roger. A ansiedade fez o torcedor enxergar em Vargas um definidor insuperável. Um guia. Não era. Acabou que, entre bons e maus momentos, nunca se firmou. Não apenas por isso, claro, mas a cada gol perdido o mundo desabava sobre ele. Temo que Bolaños seja prejudicado pela mesma pressão.
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Ele é experiente, mas estrear e ter de resolver os problemas de eficiência ofensiva do Grêmio é injusto. Até porque, nesse momento, mais preocupante do que o último lance tem sido o penúltimo. E o antepenúltimo. E ainda antes destes. A circulação da bola perdeu em dinâmica e velocidade. Sem mexer a marcação adversária como antes, os espaços diminuem e os lances conclusivos nem sempre afloram com nitidez. Aí vem o erro na conclusão, e a ideia de que falta o matador e nada mais.
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