
Na reunião do Conselho Deliberativo do Grêmio, na noite desta segunda-feira, o balanço fiscal de dezembro de 2014 que será apresentado aos conselheiros apontará um déficit de R$ 31,6 milhões. Ao todo, o clube teve um faturamento de R$ 216,6 milhões e débitos de R$ 248,2 milhões no ano passado.
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As fontes de receita do clube vêm, em sua maioria, do quadro social, de patrocinadores e venda de jogadores. Não fossem os R$ 41 milhões de encargos acumulados durante o período, como juros por antecipação dos direitos da TV, entre outros, o balanço apresentaria um superávit de R$ 9,6 milhões.
Os encargos representam quase 10% do passivo total de dívidas do clube, que é de R$ 428 milhões. Deste montante, R$ 181 milhões representam o passivo a curto prazo, também chamado de circulante. Ou seja: dívidas com vencimento até o final de 2015, mas que podem ser renegociadas - como pagamentos de comissões, direitos de imagem e credores em compra e venda de atletas, por exemplo.
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O restante, calculado em R$ 247 milhões, representa o passivo a longo prazo, ou dívidas com as quais o clube não precisará se preocupar tão cedo, como a Timemania (avaliada em R$ 90 milhões), e também débitos relativos à Arena.
O balanço fiscal também apresenta os custos do Grêmio com a operação de seu novo estádio. O lucro líquido ajustado da Arena Porto-Alegrense, a empresa gestora do equipamento, foi, na verdade, um prejuízo de R$ 18,4 milhões.
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Como estipulado no terceiro aditivo do contrato entre Grêmio e OAS, o clube assume o pagamento de 50% deste montante, o que representa um débito de R$ 9,2 milhões.
Embora o valor seja relacionado como débito no balanço fiscal, na prática é possível que o valor não seja cobrado pela empreiteira. Tudo dependerá do desfecho das negociações para a compra da gestão da Arena - o que mudará os termos do acordo.
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Por parte da direção, há um otimismo com os números que serão apresentados no próximo balanço, referente ao primeiro trimestre de 2015, que serão apreciados pelo Conselho na metade do ano. O trabalho liderado pelo presidente Romildo Bolzan Júnior permitiu que o clube quitasse R$ 20 milhões em dívidas de curto prazo.
Além disso, a folha salarial foi reduzida para R$ 4,5 milhões e poderá cair para R$ 3,5 milhões quando o clube acertar a rescisão contratual do atacante Kleber e do volante Edinho, que, somados, custam R$ 1 milhão por mês aos cofres tricolores.
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