
Termina neste domingo um curto, mas agitado, polêmico, emocionante e disputado Gauchão. A partir das 16h, no Beira-Rio, Inter e Grêmio se reencontram para o capítulo final de um campeonato que nem pareceu ter durado menos de dois meses.
Foram tantos episódios, tantas brigas, tantas reclamações que o ano inteiro se encaixou na competição.
Está nas mãos dos colorados interromper a série de conquistas tricolores e se manter como o único octacampeão da história.
Está nos sonhos gremistas dar a volta na casa lotada de vermelho e igualar a marca do rival em um cenário improvável após o 2 a 0 da partida de ida, na Arena.
Para o Inter, foi uma semana de preparação exclusiva. Roger Machado, que está às portas de inscrever seu nome no seleto grupo de técnicos campeões por mais de um time, pôde descansar os atletas, regular a carga de treinos, analisar detalhes do adversário e corrigir problemas de seu time.
Foram sete dias de intervalo entre um jogo e outro. Ao mesmo tempo em que teve esse período todo, teve de lidar com a ansiedade. Sua e do Inter.
— A semana de clássico é diferente. Buscamos, primeiro de tudo, ficar um pouco mais reservados, sem deixar de absorver o ambiente do Gre-Nal. É um contexto cultural da rivalidade — afirmou Roger Machado, escalado pelo Inter para falar nesta sexta-feira (14).
O time não deve ter grandes novidades. Os mesmos 11 que começaram o Gre-Nal da Arena devem iniciar o do Beira-Rio. O único mistério é no ataque, em que Valencia e Borré disputam um lugar no time.
A certeza é Alan Patrick, que voltou no jogo da ida e pode ser o único bicampeão gaúcho do atual grupo colorado.
Lado azul
No Grêmio, as incertezas são maiores. A começar que, ao menos no discurso, o time só tenha pensado no Gre-Nal de quinta-feira (13) em diante.
Antes disso, teve uma batalha de 90 minutos mais 16 pênaltis para superar o Athletic-MG em São João del Rei pela segunda fase da Copa do Brasil.
Mesmo que tenha preservado alguns titulares, o técnico Gustavo Quinteros teve o desgaste de uma viagem longa, entre avião e ônibus até o interior mineiro.
E as dúvidas sobre o time, que, mais uma vez, não atuou bem e só avançou graças a uma péssima noite do goleiro adversário. O treinador gremista admitiu a dificuldade que prevê para domingo:
— Vamos enfrentar um time que está formado em toda a temporada. Que ficou entre os cinco primeiros no Brasileirão. Nós estamos nos formando. Paciência. Esperem que o trabalho vai dar seu fruto.
A esperança tricolor está na sequência. É um clube acostumado a vencer o Gauchão recentemente. E que, mesmo nos dias ruins, conseguiu resultados.
Do grupo atual, uma dezena de atletas já sabe o gostinho de ganhar o campeonato. E há outros com fome, como Braithwaite, Cristian Olivera e Amuzu.
A decisão
O Beira-Rio está lotado. Todos os ingressos foram vendidos. Todas as vagas de estacionamento estão reservadas.
Pela primeira vez, um árbitro de fora dará o apito final de um Gauchão. O carioca Marcelo de Lima Henrique, que representa a Federação Cearense, foi o escalado para o clássico. Em 1981, José Roberto Wright apitou um Gre-Nal do Estadual, mas não o da decisão.
O octa gremista e a reconquista colorada. Vale isso tudo o domingo no Beira-Rio. Um Gauchão rápido, intenso, polêmico. Como quase todos os Gauchões.
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