Será um longo sábado para os torcedores. Daqueles que os minutos não trocam, que os ponteiros não giram. Um Gre-Nal na hora do aquece para a festa deixa o dia quase infinito. Gremistas e colorados de verdade não terão um final de semana comum. Um clássico marcado para 21h de sábado compromete, para o bem e para o mal, todo o planejamento de agito ou descanso.
Será assim no 444º encontro entre as duas maiores forças do Rio Grande do Sul, desta vez válido pela sexta rodada do Gauchão. Porque mesmo que valha pela primeira fase do Estadual, o duelo entre Grêmio e Inter nunca é só um jogo. E, para dar um molho extra, o futuro de ambos pode sofrer uma reviravolta de acordo com o resultado.
O meio da semana mudou bastante o cenário do Estadual. As classificações dos gigantes, que pareciam tranquilas, agora estão em xeque. Depois da derrota gremista para o Juventude e da vitória colorada sobre o Brasil de Pelotas, o Inter assumiu a liderança geral, o Ju é o segundo e o Grêmio é o terceiro, com o Caxias sendo o melhor segundo. Mas isso não é definitivo.
Tem uma combinação de resultados, por exemplo, que deixaria o Grêmio, ao final de seis rodadas, fora da zona de classificação para as semifinais. Ela envolve perder o Gre-Nal e ver Caxias e Guarany de Bagé vencerem seus duelos.
Outra permite que os tricolores terminem o final de semana na liderança geral. Basta ganhar o clássico e o Juventude não vencer o São José. Um empate na Arena pode significar a iminência de um novo Gre-Nal na semifinal do Gauchão, deixando o Ju em primeiro. Qualquer detalhe é fundamental na luta gremista pelo octa, na do Inter para impedir isso e na dos demais participantes para fazer história.
Um campeonato paralelo
Mas esqueçamos o que vale para a tabela o clássico das 21h. As 50 mil pessoas previstas para lotar as arquibancadas querem, na verdade, vencer o rival. Tanto faz se isso deixará o clube em primeiro ou segundo lugar. E até se o rival ficará para trás. O Gre-Nal se basta. É um campeonato paralelo.
E nesse campeonato, o Inter está em vantagem. Não só historicamente como também no recorte recente. Faz quatro clássicos que só ganha. Na última vitória tricolor, Suárez era o centroavante, Bitello era o meia e Mano Menezes ocupava a casamata colorada. É por isso, e pela tabela, que a pressão está do lado gremista.
Na Arena, porém, o Grêmio costuma mandar. São apenas duas derrotas, sendo que uma delas ainda significou a classificação tricolor, que havia vencido o duelo de ida. O time, na época, era treinado por Roger Machado.
O mesmo Roger Machado que agora comanda o outro lado. Que, pela primeira vez em sua vida, entrará no vestiário visitante em um Gre-Nal na casa gremista. Não deixa de ser uma história especial. E é a estreia de Gustavo Quinteros, o argentino naturalizado boliviano que será apresentado ao clássico de Porto Alegre. Não deixa de ser uma história especial.
O outro estreante em Gre-Nal é Rafael Klein. Melhor árbitro gaúcho, ele poderá, enfim, apitar o grande clássico gaúcho.
Tabela do Gauchão, rivalidade, clássicos passados, reencontro com Roger, estreia de Quinteros, arbitragem iniciante. Pronto. Há assunto suficiente para pensar e debater enquanto o sábado de verão se arrasta no Rio Grande do Sul até as 21h.
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