O Gauchão, quem diria, virou Copa do Mundo neste verão escaldante de 2016. Para o Inter, já se sabia o quanto representa. Afinal, é o que o clube tem para ganhar neste primeiro semestre - a Primeira Liga, por mais que seja importante para o futuro dos clubes, não será neste primeiro momento uma taça representativa. O que me surpreende demais é a envergadura dada ao campeonato na Arena.
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Mesmo com a Libertadores pela frente e a chance de ser tri da América, o Grêmio dá ao Gauchão um valor gigantesco. Tanto que o joga dentro (cambaleante, é verdade) e fora de campo. O pedido do vice de futebol César Pacheco para que se investigue possíveis irregularidades nas inscrições de Marquinhos e Paulo Cézar Magalhães é sinal de que o clube está armado até os dentes nesta luta pelo título estadual.
Estamos apenas na sexta rodada, mas todas essas movimentações de bastidores só fazem fermentar a relação da Dupla Gre-Nal. Se a essa altura do campeonato já vemos um Gre-Nal sem a bola, imagina o que virá quando Grêmio e Inter, de fato, tiverem de se encarar em um mata-mata ou na final.
Sou apreciador do Gauchão, embora a precariedade de estádios, a organização cheia de falhas e a qualidade técnica duvidosa. A mobilização de torcedores do Interior nas visitas da Dupla - como houve quarta-feira, em Rio Grande - é o que o mantém vivo.
Mas confesso que fico um tanto preocupado quando Grêmio e Inter tratam o campeonato estadual como se fosse Copa do Mundo. É um sinal - ruim - de que retrocedemos no tempo.
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