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Foram três anos e seis meses sem um Atletiba na Arena da Baixada, que passou por reforma para ser uma das 12 sedes da Copa do Mundo do ano passado. O hiato sem o principal clássico paranaense na casa do Atlético-PR termimou neste domingo, no 22º confronto entre os rivais no estádio, com empate em 2 a 2.
Hiato encerrado com um bom jogo válido pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro. O Coxa estave duas vezes na frente, mas o Furacão buscou a igualdade nas duas oportunidades, arrancando um empate diante de 30.120 presentes. Foi o oitava igualdade do clássico na Arena.
O Atlético soma nove vitórias, enquanto o Coxa tem cinco. Com o resultado, o Atlético foi aos 16 pontos, se mantendo em terceiro. O empate tirou os 100% de invencibilidade do time atuando na Arena neste Brasileirão. Já o Coxa soma, agora, quatro, se mantendo na incômoda 18ª posição.
O Atlético voltará a atuar no Brasileirão diante da Ponte Preta, no próximo domingo, a partir das 16h e no Moisés Lucarelli, em Campinas. Já o Coritiba, no mesmo dia e horário, receberá o Cruzeiro, no Couto Pereira.
Clássico pegado
Divididas em excesso, disposição de sobra e poucos espaços para os dois times trabalharem a bola na Arena. Assim foram os primeiros minutos de bola rolando no clássico. O futebol ganhou espaço de vez aos oito minutos, na primeira jogada bem arquitetada pelo Coritiba.
Em uma inversão de papéis, Wellington Paulista cruzou da direita e Esquerdinha, de cabeça, obrigou Weverton a mostrar serviço. A opção de Ney Franco por Esquerdinha ao invés de Lucio Flavio no setor de criação proporcionou mais velocidade na transição do meio para o ataque alviverde.
O Coritiba até observava o rival ter mais posse de bola, mas, quando a tinha, era eficaz. E provou isso aos 18. Ruy lançou, Marcos Aurélio errou no arremate, mas Wellington Paulista justificou a condição de referência, ficou com a bola, se livrou de Kadu e encobriu Weverton. Coxa na frente.
Walter e Wellington Paulista marcam
E não é que mais uma finalização errada resultou em gol? Até então com dificuldade para vencer a até então eficaz marcação coxa-branca, o Atlético chegou ao empate com Walter, aos 24, após o camisa 18 ficar com a sobra da tentativa de arremate de Ytalo, que havia recebido cruzamento da direita.
Ele dominou e finalizou sem a menor chance para Bruno. A partir do empate, o Atlético passou a ter mais a bola, sendo ligeiramente melhor, enquanto o Coxa, que teve ótima chance com Esquerdinha, apostou nos contra-ataques. A virada atleticana quase veio aos 48, quando Bruno evitou gol de Douglas Coutinho.
O Atlético voltou melhor para os 45 minutos finais, aproximando mais os setores e tratando de pressionar o Coritiba. Douglas Coutinho teve boa chance aos nove, após jogada de Natanael que foi, equivocadamente, anulada por impedimento. As entradas de Giovanni e Edgar Junio foram produtivas. Felipe não havia sido regular no primeiro tempo, enquanto Ytalo só apareceu ao errar a finalização que resultou no gol de Walter.
O Atlético tinha mais posse de bola, volume de jogo e pressionava o Coritiba. O Coxa, por sua vez, tinha paciência. A tática de apostar nos contra-ataques para surpreender o rival era arriscada, mas se mostrou eficaz aos 32 minutos. O tão aguardado contra-ataque veio, Marcos Aurélio deixou Ruy na boa e ele, com precisão, finalizou no ângulo direito de Weverton. Coritiba novamente em vantagem no Atletiba. Vantagem que só durou cinco minutos.
O Atlético merecia um gol pelo desempenho mostrado na etapa final. E ele veio com Edgar Junio, aos 37, após Walter participar da jogada e João Paulo ficar na saudade. Houve tempo para o Atlético pressionar sem sucesso em busca do terceiro, de Lucio Flavio reestrear pelo Coxa e para duas expulsões: as de Wellington Paulista e Norberto, ambas do Coritiba.