
Assim como fez após a derrota para o Tolima-COL, em fevereiro de 2011, a diretoria do Corinthians resolveu bancar a permanência de Tite independentemente da atual situação (sem vencer há oito jogos) e do que vier acontecer daqui para frente no Brasileirão e na Copa do Brasil.
Na tarde desta segunda-feira, em entrevista à rádio Transamérica, o diretor de futebol, Roberto de Andrade, foi enfático ao comentar o assunto e não titubeou ao afirmar que a diretoria não abrirá mão do treinador até o dia 31 de dezembro deste ano, quando terminará o vínculo do seu contrato.
- Sempre digo que um contrato tem dois lados: clube e treinador. Pelo lado do Corinthians, eu asseguro que o Tite não será dispensado. Eu dou a palavra do Corinthians. Eu asseguro e reafirmo. No fim do ano, aí, sim, vamos sentar para analisar sobre 2014 - avisou o dirigente.
Roberto de Andrade, que se reuniu com o restante da diretoria e o próprio treinador na tarde desta segunda-feira, ponderou apenas que não poderá falar por Tite, lembrando que a decisão de permanecer também terá que ser compartilhada por ele.
- Eu não posso falar pelo Tite. Eu não posso falar que o Tite estará conosco até 31 de dezembro e aí, amanhã ou depois, ele pedir para sair. Ele é um ser humano, ele tem o direito de a qualquer momento dizer que não quer trabalhar conosco, aí eu não vou passar por mentiroso - afirmou. - Hoje, o Tite nos disse: "Vamos trabalhar, vamos para o jogo". Eu não posso garantir que, na quinta-feira, ele não possa dizer que não quer continuar, eu passaria por mentiroso. Mas eu conheço o Tite, e sei que nada vai mudar. Ele garantiu que vai ficar conosco até o fim do ano, mas pode mudar. Eu respondo pelo que eu falo, que é da sua permanência - completou o dirigente.
Por fim, o diretor de futebol do Corinthians falou sobre a decisão de Emerson e Alessandro falarem com a imprensa após o vexame diante da Portuguesa em Campo Grande.
- Ele (Tite) estava muito abatido, demais da conta. Ele se abate com uma derrota em meio a 20 vitórias, é o jeito dele. Achamos melhor que ele não fosse para a coletiva. Achamos melhor poupá-los, os jogadores quiseram ir no lugar dele. Perder um jogo faz parte, mas da forma que foi não é normal para o nosso time - finalizou.