O torcedor santista pagou um real para acompanhar o duelo entre Santos e Portuguesa, na noite deste sábado, no Pacaembu. E, para ver futebol, deve ter achado o preço caro. Restou assistir ao baile da Lusa, que interrompeu uma sequência de três jogos sem vitória no Brasileirão e triunfou por 3 a 1, placar que ainda ficou barato.
Há mais de quatro meses, o Peixe fazia seus admiradores "saírem do jogo para pagar outro ingresso". A equipe foi campeã paulista com show de Neymar, Ganso, Elano, Alan Kardec, Borges... Hoje, restou apenas o atacante no elenco, mas a Joia não apareceu em campo pois estava suspenso pelo terceiro cartão amarelo. A diretoria fez uma promoção e cobrou apenas um real dos associados, mas nem assim o estádio encheu.
Ignorando aspectos financeiro e extracampo, a saída de Ganso para o rival São Paulo é completa desvantagem quando a 10 é usada por Gérson Magrão. Sem armador, o time de Muricy Ramalho abusou nas bolas ao jovem Victor Andrade. Com a camisa 11 de Neymar, o garoto partiu para cima de Luis Ricardo e parecia uma boa arma. Em uma jogada, deixou André livre, na marca do pênalti, e o atacante isolou a bola no tobogã.
O jogo virou um marasmo até que a equipe de Geninho começou a achar que estava no Canindé. Aos 32 minutos, Bruno Mineiro recebeu lançamento e ajeitou de peito para Rodriguinho soltar o pé e marcar. A arbitragem, incorretamente, assinalou impedimento. A justiça seria feita minutos depois.
Marcelo Cordeiro cobrou escanteio, Luis Ricardo desviou de cabeça e Bruno Mineiro, também de cabeça, abriu o placar: 1 a 0. Poucos minutos depois, Mineiro lançou Rodriguinho na entrada da área, ele ajeitou para Léo Silva chegar e bater cruzado: 2 a 0.
No segundo tempo, o Santos tentou mudar de atitude. Muricy tirou o vilão Juan, que havia caído no lance do segundo gol luso, e arriscou com o meia Bernardo em seu lugar. O resultado? Quase o terceiro do rival. Em rápido contra-ataque, Moisés arrancou com liberdade, passou entre Bruno Rodrigo e Durval, fintou o goleiro Rafael e acertou a trave. Mas.. com o perdão da repetição, a justiça seria feita minutos depois.
Aos 17 da etapa final, Marcelo Cordeiro cobrou falta e Bruno Mineiro desviou de cabeça para o fundo das redes: 3 a 0. O atacante chegou aos 11 gols no Brasileirão e é o vice-artilheiro, atrás apenas de Fred, do Fluminense, que tem 12 gols.
Se precisasse contar, seria difícil não errar a conta de quantas outras oportunidades a Portuguesa perdeu. Bruno Mineiro, Moisés, Rodriguinho...
O Santos quis dar uma graça aos 29 minutos. Mas, àquela altura, muitos (dos poucos) torcedores já haviam levantado e ido embora. Bernardo cruzou e André desviou para diminuir o placar (3 a 1), mas não a vergonha santista.
Até agora, a Lusa está invicta nos clássicos paulistas pelo Nacional: no primeiro turno havia empatado por 0 a 0 com o Peixe e por 1 a 1 com o Corinthians. E ainda venceu o São Paulo, por 1 a 0, e o Palmeiras, por 3 a 0.
Roda, roda, vira...
Lusa dá baile no Santos e vence por 3 a 1
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