Com uma festa na RBS TV, em Porto Alegre, a Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho anunciou na noite desta sexta-feira (8) os vencedores da edição de 2017 do Prêmio RBS de Educação – Para Entender o Mundo. São cinco projetos de escolas públicas e privadas do Rio Grande do Sul premiados por incentivarem a leitura.
Neste ano, além de reconhecer os trabalhos nas categorias Educador de Escola Pública e Educador de Escola Privada, foram criadas mais três premiações para destacar iniciativas que tratam dos temas raça, gênero e inclusão. Os vencedores das categorias principais foram escolhidos pela população, com votação online que somou quase 50 mil votos. Já os prêmios destaque foram anunciados após análise de uma comissão de especialistas em cada tema.
Na categoria Educador de Escola Pública, foi vencedor o projeto São Francisco em Quadrinhos, liderado pela professora Simone Reinheimer Kochenborger, da Escola Estadual de Ensino Médio Francisco de Assis, de Pareci Novo. Já na categoria Educador de Escola Privada, o reconhecimento foi para a professora Gisele dos Santos Rodrigues, que criou o programa Mulheres Oprimidas, Protagonistas das Nossas Histórias, na Unidade de Ensino São Mateus, de Cachoeirinha.
O destaque de Raça ficou com a educadora Carmen Machado de Abreu, da Escola Estadual de Educação Básica Borges de Medeiros, de Encruzilhada do Sul. Em Inclusão, o destaque foi para Raquel Daniele Gonzalez de Oliveira da Silva, da Escola Municipal Neusa Goulart Brizola, de Porto Alegre. Já o destaque de Gênero foi para Jéssica Tairâne de Moraes, da Escola Municipal Irmã Valéria, de Novo Hamburgo.
O Prêmio RBS de Educação reconhece, há cinco anos, práticas de incentivo à leitura em escolas gaúchas. O objetivo é valorizar iniciativas de educadores e alunos, além de voltar a atenção para a causa. Embora tenha a leitura como foco, o projeto abre espaço para todas as disciplinas da Educação Básica.
Iniciativa do Grupo RBS, o prêmio é realizado pela Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho e conta com apoio técnico do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).
Vencedores nas categorias principais
EDUCADOR DE ESCOLA PÚBLICA
— Simone Reinheimer Kochenborger, da Escola Estadual Francisco de Assis, de Pareci Novo
Utilizando gibis, como os da Turma da Mônica e os de super-heróis, a professora Simone conseguiu chamar a atenção de alunos que não se interessavam pelos livros. A partir da leitura das histórias, eles passaram a criar textos, confeccionar bonecos e até a fazer vídeos dublando personagens dos quadrinhos.
EDUCADOR DE ESCOLA PRIVADA
— Gisele dos Santos Rodrigues, da Unidade de Ensino São Mateus, de Cachoeirinha
A professora Gisele criou um projeto para alertar os estudantes do Ensino Médio sobre a violência contra a mulher, a partir da leitura de clássicos da literatura que abordam o tema. Os alunos também criaram textos e participaram de debates sobre estereótipos de gênero.
DESTAQUES
RAÇA
— Carmen Machado de Abreu, da Escola Estadual Borges de Medeiros, de Encruzilhada do Sul
O projeto da professora Carmen tem o objetivo de resgatar e valorizar a história e a cultura afro-brasileiras, por meio de atividades de leitura e da arte. Além de envolver os estudantes, as famílias foram convidadas a participar das ações.
INCLUSÃO
— Raquel Daniele Gonzalez de Oliveira da Silva, da Escola Municipal Neusa Goulart Brizola, de Porto Alegre
Por meio do projeto criado pela professora Raquel, alunos do 4º ano do Ensino Fundamental leram livros e assistiram a filmes que tratam da inclusão das pessoas com algum tipo de deficiência. Eles estão, inclusive, aprendendo a ler e a escrever em braile com a ajuda da educadora.
GÊNERO
— Jéssica Tairâne de Moraes, da Escola Municipal Irmã Valéria, de Novo Hamburgo
A professora Jéssica criou um projeto para ajudar as crianças a questionar os estereótipos de gênero e a combater os preconceitos, por meio da leitura e das brincadeiras. Uma das atividades foi analisar as propagandas dos brinquedos infantis.