Contratados de forma emergencial pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc) ainda no primeiro semestre deste ano, professores reclamam que estão em sala de aula sem receber um centavo de seus salários.
Um educador de uma escola na zona norte de Porto Alegre, que prefere não se identificar para evitar represálias, entrou em contato com a reportagem e denunciou a situação. Ele afirma que não recebeu por nenhum dos três meses trabalhados até agora.
— Não sou só eu. Isso está acontecendo com muitos profissionais. E o pior: mesmo sem receber, temos que arcar com os custos de deslocamento para trabalhar — reclama.
De acordo com o secretário estadual da Educação, Ronald Krummenauer, os salários desses servidores devem ser pagos nos próximos dias.
— Optamos por colocar os professores em sala de aula o mais rápido possível. Com isso, os educadores começaram a trabalhar sem antes concluir o tramite da contratação — explica.
Mas, de acordo com o Krummenauer, o setor de Recursos Humanos da Seduc está promovendo um mutirão para colocar em dia as pendências.
— O principal problema é o atraso nas perícias, que acaba trancando os pagamentos — observa.