
No início da semana, o "cientista" Rhawn Joseph ganhou espaço no noticiário ao processar a NASA alegando que a agência espacial americana estava se esquivando da tarefa de investigar vida extraterrestre em Marte. Joseph se referia ao misterioso objeto que "surgiu do nada" na rota da sonda Opportunity.
A sonda fotografou o mesmo terreno duas vezes, e na segunda imagem aparece uma formação rochosa que não estava lá antes. Segundo a NASA, trata-se justamente disso: uma pedra. Como ela foi parar ali? Vinda de algum impacto próximo ou retirada do chão pela própria sonda, explicou a agência.
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Joseph não se conformou com a explicação. Insatisfeito, recorreu à Justiça para que a NASA fosse obrigada a investigar o que ele enxergou como um ser vivo. As aspas no "cientista", ali acima, não são gratuitas: esta não é a primeira vez que Joseph anuncia a descoberta de vida fora da Terra. Ele inclusive é autor de um livro sobre o assunto, e também de um sobre os ataques às Torres Gêmeas em 11 de Setembro de 2001.
Na ação, Joseph pede que a Nasa "cumpra o seu dever público, científico e estatutário de examinar e investigar exaustiva e cientificamente e fotografar de perto o suposto organismo biológico". Joseph vai mais longe: "A recusa em tirar fotos em close-up de vários ânguylos, a recusa em registrar imagens microscópicas do espécime, a recusa em divulgar fotos em alta resolução é inexplicável, negligente e bizarra."
Ao site Popular Science, o porta-voz Bob Jacobs respondeu que a Nasa está investigando a composição química da pedra, o que não é nenhum segredo, já que a agência vem discutindo o achado em programas de TV e conferências de imprensa.
A imagem foi enviada em 8 de janeiro pelo robô quando os cientistas se preparavam para acionar seu braço teleguiado para fazer experimentos. Batizada de "Pinnacle Island" pela equipe, a rocha parece ter sido remexida, mostrando uma superfície que não era exposta, talvez há milhões de anos, à atmosfera marciana.
A análise da pedra com microscópio e com um espectrômetro permitiu encontrar muito enxofre e grandes concentrações de manganês e magnésio - "uma composição estranha e diferente daquela que observamos até agora".
Opportunity pousou em 25 de janeiro de 2004 em uma região de Marte chamada "Meridiani Planum" para explorar as bordas de várias crateras em busca de sinais de alguma presença de água nesse planeta no passado. Essa busca ainda não teve resultados. A missão, que deveria durar apenas 90 dias no Planeta Vermelha, celebra seu 10º aniversário este ano.
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