Educação é paixão, é vocação, é amor. Mas tudo isso precisa de uma gestão eficiente, voltada aos resultados. Essa foi uma das boas reflexões do segundo debate do projeto Movimento pela Educação, uma iniciativa da presidência da Assembleia Legislativa do RS. Até outubro, serão realizados encontros e discussões com as comunidades por todo o Estado. Dessa vez, foi em Restinga Seca, na Região Central.
Uma das ideias mais poderosas do encontro, construída a partir de um debate plural, é uma fórmula para que as escolas possam cumprir o seu papel de construir o futuro. Autonomia foi uma das palavras mais citadas, com exemplos de bons projetos, alguns com verbas já destinadas, mas que acabaram trancados pela burocracia centralizada e ineficaz, fruto de uma construção – ou desconstrução – de décadas.
Mas existe solução: autonomia com transparência gera comprometimento. Tudo isso leva aos resultados que precisam ser definidos e avaliados. Estávamos, no palco, o diretor-executivo da Fundação Liberato Salzano, Ramon Fernando Hans, a coordenadora de Direitos e Políticas de Igualdade Racial da Secretaria de Desenvolvimento Social de Porto Alegre, Adriana Santos, e a diretora da Escola Estadual Cilon Rosa, de Santa Maria, Maribel Dal Bem. Na plateia, além do presidente da Assembleia, Vilmar Zanchin, autoridades como o presidente da Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão, Roberto Melão.
O auditório da Faculdade Antonio Meneghetti lotado e a presença dos principais veículos de comunicação da região e do Estado comprovam a boa notícia: há sinais de que a educação, cada vez mais, deixa de ser uma prioridade retórica para se transformar em movimento real e concreto.
– Nós trabalhamos com amor e não por amor – disse a diretora Maribel Dal Bem.
Na sua palestra, Gustavo Borba analisou a mudança do papel do professor. Valorizar a educação é um desafio coletivo. Em junho, o Movimento pela Educação irá a Alegrete e a Bento Gonçalves. Ouvir todas as vozes possíveis é, sem dúvida, parte fundamental da solução.
Serviço:
O evento é destinado, principalmente, aos líderes políticos da região, representantes da sociedade civil e profissionais da educação. O próximo encontro do Movimento está marcado para o dia 16 de junho em Sant’Ana do Livramento. Esse será o terceiro de dez encontros que devem ocorrer até novembro deste ano, quando o governo espera propor um Marco Legal da Educação Gaúcha.