
Após a implementação das novas tarifas anunciadas por Donald Trump, no último sábado (5), diversas bolsas de valores ao redor do mundo abriram a segunda-feira (7) em queda. Quando o clima de pessimismo e incerteza entre investidores é acentuado e duradouro, a economia pode entrar em uma fase de "bear market", ou "mercado do urso".
O termo faz referência à forma como os ursos atacam suas presas: de cima para baixo. Em relação ao mercado financeiro, isso significa uma queda dos índices que monitoram bolsas de valores — e, consequentemente, uma queda nos valores dos ativos, conforme a revista Exame. Ou seja, gerando impacto significativo em investimentos.
O mercado do urso se opõe ao "bull market", ou "mercado do touro". O touro usa os chifres para atacar as presas de baixo para cima. No mercado, isso representa uma subida ou valorização nos ativos financeiros.
Como identificar um "bear market"
Alguns índices econômicos podem ser utilizados para identificar se o mercado está em queda acentuada. Indicadores como S&P 500, Nasdaq ou Dow Jones, os principais dos Estados Unidos, precisam registrar uma queda de pelo menos 20% em relação ao pico anterior mais recente.
O período é caracterizado por uma diminuição na confiança do mercado, e, por consequência, uma maior cautela por parte dos investidores. Os resultados incluem uma redução nos preços das ações e um aumento da aversão ao risco.
Caso o mercado entre em recessão, após as tarifas de Trump, essa não será a primeira vez. Desde o crash histórico de Wall Street, em 1929, foram cinco outras quedas acentuadas históricas.