Após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta sexta-feira (24), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o governo atuará na redução da alíquota de importação de alimentos que estiverem mais caros no mercado interno em relação ao mercado internacional. De acordo com ele, não há justificativa para o país ter produtos com preço acima do patamar internacional.
— Todos os produtos que tiverem preço interno maior que o externo, vamos atuar imediatamente na alíquota de importação — afirmou Rui Costa a jornalistas.
Segundo o chefe da Casa Civil, a gestão federal fará uma análise dos produtos no mercado internacional com preços mais baixos que em relação ao mercado interno:
— A redução de alíquota será para todo e qualquer produto que esteja com preço mais barato no mercado internacional e mais caro no mercado interno. Focaremos no produto que esteja mais barato lá fora, para trazer o preço, no mínimo, ao patamar que estiver no internacional.
Costa citou que, na esteira das medidas para reduzir o preço dos alimentos, o governo vai buscar estimular a produção e minimizar custos de mediação.
— Queremos que o valor dos benefícios chegue integralmente ao trabalhador — disse.
Na avaliação do chefe da Casa Civil, o custo de intermediação de benefícios está alto.
Preocupação
Segundo Rui Costa, o presidente Lula convocou a reunião desta sexta por "estar preocupado com a questão dos preços dos alimentos".
No encontro, Lula solicitou uma apresentação dos ministros da área econômica e da área produtiva, sobre o cenário de produção dos anos de 2022, 2023 e 2024. Os ministros também apresentaram uma perspectiva para o cenário de comportamento dos alimentos mais consumidos pela população brasileira para 2025.
Lula quer novo Plano Safra
Também nesta sexta, após reunião com Lula, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o presidente determinou que o governo já comece a discutir um novo Plano Safra que estimule mais a produção de alimentos, sobretudo de itens que chegam à mesa da população. Fávaro disse ainda que o Ministério continuará estimulando a produção de alimentos no Brasil, como ocorre desde o primeiro dia do governo Lula.
O ministro da Agricultura disse ainda que neste ano, diferentemente de 2024, haverá um clima favorável ao aumento na produção, o que faz com que a estabilidade dos preços possa ser garantida.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, reiterou que o governo trabalhará para aumentar a produtividade dos pequenos e médios produtores, como forma de ampliar a produção e, assim, colaborar na redução dos preços dos alimentos.