O dólar fechou a segunda-feira (9) cotado a R$ 6,0820, atingindo novo recorde de valor nominal. O índice é 0,18% superior ao máximo anterior, estabelecido na sexta-feira (6), quando a moeda norte-americana fechou o dia cotada em R$ 6,07.
O valor desta segunda segue a tendência de alta do valor da moeda norte-americana, acentuado após o anúncio de medidas que compõem um pacote de contenção de gastos, em 27 de novembro.
Também há alta nas operações da Ibovespa, principal referência para os índices de valores da bolsa financeira brasileira. Até as 17h desta segunda-feira, as ações operavam com 127.259 pontos, elevação de 1,05%.
O recorde ocorre às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil, marcada para a próxima quarta-feira (11) que avaliará possível aumento novo valor da taxa básica de juro, a Selic.
Agentes que atuam no mercado financeiro indicam que a tendência é por aprovação de uma nova elevação da Selic, conforme o g1. Indicadores internacionais também são mapeados, como novas decisões de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e manifestações do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, especialmente sobre o incentivo à economia local.
Entenda o cenário
Prevista para terça-feira (10), a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumir Amplos (IPCA, a inflação) vai influenciar os próximos passos do Copom, com elevação ou não da Selic. A medida é uma forma de tentar controlar a inflação no país.
Analistas financeiros projetam uma inflação acima do teto da meta estabelecido para 2024, que é de 4,50%. Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira aponta para índice de 4,84%.