O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, assegurou nesta segunda-feira (5), que o governo vai cortar gastos para cumprir "rigorosamente" as metas fiscais, permitindo assim um ambiente favorável ao corte de juros.
— O governo vai cumprir o arcabouço fiscal cortando despesas, tendo mais eficiência nos gastos, para poder cumprir rigorosamente o arcabouço fiscal e com isso a gente poder reduzir a taxa de juros — declarou Alckmin ao abrir o congresso Aço Brasil, organizado pela indústria siderúrgica em São Paulo.
Alckmin julgou em seu discurso que não faz sentido o Brasil ter, em termos reais, a segunda maior taxa de juros do mundo, atrás apenas da Rússia, quando se considera a combinação de reservas internacionais robustas, segurança jurídica e inflação sob controle.
— Não há nenhuma justificativa — disse o presidente em exercício, acrescentando que o rigor fiscal abrirá espaço para uma condução da política monetária que permita mais crescimento e investimentos.
"Não tem desenvolvimento onde não há indústria"
Alckmin aproveitou a ocasião para enaltecer medidas anunciadas pelo governo à indústria. Ele classificou o fortalecimento da indústria como "fundamental" ao desenvolvimento econômico e social do País.
— Não tem desenvolvimento econômico e social onde não há indústria. Ela agrega valor, paga salários mais altos, está na ponta da inovação, da pesquisa, da tecnologia. Portanto, é fundamental fortalecer a indústria — disse Alckmin, que além de ser vice-presidente comanda o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.