O índice referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa, terminou o ano com ganho de mais de 22% em 2023, melhor desempenho do índice da B3 desde 2019, quando havia subido 31,58%.
Nesta quinta-feira (28), no último pregão do ano, o Ibovespa teve leve queda de 0,01%, aos 134.185 pontos. Em 2 de janeiro, no primeiro pregão do ano, o Ibovespa fechou a 106.376 pontos.
Neste último mês, o índice acumulou ganhos de mais de 5%, com o alívio do cenário externo e surpresas nos indicadores internos. A série de quebras de máximas observada neste fim de ano foi iniciada em 14 de dezembro — desde então, o índice à vista registrou apenas três perdas diárias, no agregado de 10 sessões, incluindo a desta quinta.
Foi o oitavo mês de subida em 2023. Somente em fevereiro (-7,5%), março (-3%), agosto (-5,%) e outubro (-3%), o Ibovespa acumulou queda. O mês de 2023 em que o índice teve sua maior alta acumulada foi novembro, com ganho de 12,5%, o melhor desempenho mensal em três anos.
— O ano está terminando para a Bolsa de forma muito mais positiva do que se antecipava, com um rali em dezembro fortalecido pelas indicações do Fed sobre os juros americanos. Nesta reta final, tivemos um enfraquecimento agudo do volume diário, que tem correspondido a quase um terço da média móvel do último mês, mas se trata de uma queda natural para a época do ano — explica João Vitor Freitas, analista da Toro Investimentos.
O Ibovespa é o principal indicador de desempenho das ações negociadas na B3 e reúne as empresas mais importantes do mercado de capitais brasileiro. A composição do índice é reavaliada a cada quatro meses, com as ações mais negociadas e com maior volume financeiro do mercado de capitais.
Já o dólar terminou o ano com recuo de 8,06%, a maior baixa em sete anos. Nesta quinta-feira, a moeda americana teve leve alta, de 0,41%, e encerrou o dia cotada a R$ 4,85. A máxima histórica da moeda americana foi em 13 de maio de 2020, quando custava R$ 5,90.