Um evento promovido pelo Grupo Carrefour reuniu, nesta quarta-feira (10), ativistas, professores, pesquisadores e a comunidade para discutir os desafios do combate ao racismo estrutural no Brasil. O evento faz parte da série de medidas e políticas afirmativas adotadas pela empresa após o caso de João Alberto Freitas, um homem negro que foi espancado até a morte por seguranças de uma loja na zona norte de Porto Alegre, em dezembro de 2020.
O grupo investiu cerca de R$ 144 milhões em ações com foco na educação e na geração de renda da população negra. A empresa também assumiu oito compromissos referentes à causa antirracista:
- Tolerância zero ao racismo e à discriminação;
- Transformação radical do modelo de segurança do Carrefour Brasil;
- Divulgação da política de tolerância zero à discriminação;
- Investimento na carreira de pessoas negras no Carrefour;
- Investimento social privado em educação, empreendedorismo e empregabilidade;
- Percentual mínimo de 50% de negros nas novas contratações;
- Mecanismo de denúncia de preconceito e discriminação;
- Estímulo ao empreendedorismo de pessoas negras.
Pela manhã, a diretora de Recursos Humanos e Diversidade, Cristiane Lacerda, e o diretor de Segurança Corporativo e Gestão de Perdas e Riscos da empresa, Claudionor Alves, conversaram com a imprensa em uma coletiva. À tarde, teve início o evento intitulado "Diálogos que Transformam", que ocorreu por meio de videoconferência. O debate foi pautado por quatro eixos que norteiam as ações da companhia: empregabilidade, combate à discriminação, investimento no empreendedorismo e educação.
O encontro reuniu personalidades como o apresentador Manoel Soares, a presidente do Grupo Carrefour Brasil, Stéphane Maquaire, e o presidente do Instituto Locomotiva, pesquisador e membro do Comitê Externo de Diversidade e Inclusão, Renato Meirelles. Também participaram Celso Athayde (empresário, fundador da Cufa - Central Única de Favelas - e ativista), Preto Zezé (Presidente global da Cufa) e Silvio Almeida, que é advogado, filósofo e professor universitário. Celso e Silvio fazem parte do Comitê Externo de Diversidade e Inclusão do Grupo Carrefour Brasil.
— Temos compromisso com a inclusão e equidade há muito tempo. Somos um dos maiores empregadores do país, com 100 mil funcionários, e sabemos da nossa responsabilidade com a cultura e a própria diversidade dos brasileiros. Precisamos combater o racismo estrutural, com políticas de tolerância zero à violência e à discriminação, com a educação dos nossos colaboradores por meio do letramento racial, com investimento em educação, com incentivo ao empreendedorismo e, principalmente, com a mobilização de nossos parceiros, prestadores de serviços e fornecedores para que façam o mesmo — afirma Stéphane.
Todos esses projetos do Carrefour podem ser acompanhados por meio deste site.