O presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia avaliou, nesta sexta-feira (16), que o projeto de reforma tributária — o qual deve levar a uma unificação de pelo menos parte dos impostos— não significa que haverá uma redução nos valores pagos atualmente.
— Se a cada R$ 100 do governo federal, R$ 94 é despesa obrigatória, como é que você vai reduzir a carga tributária do governo federal? Agora, simplificar, vai gerar um grande crescimento econômico. Esse crescimento econômico vai gerar um aumento de arrecadação. Um aumento da contratação, da geração de emprego — disse.
Maia destacou que, até o final do ano, é possível aprovar o projeto que prevê mudanças no sistema de cobrança de impostos, ou no Senado ou na Câmara.
— Até o fim do ano pelo menos (será aprovado) em uma das duas casas — ressaltou em evento promovido pelo Grupo Líderes Empresariais (Lide).
O presidente da Câmara prevê que haverá disputa, especialmente dos setores que são menos tributados, em relação ao modelo de simplificação que será adotado.
— Um sistema em que alguns setores pagam impostos, e outros não, na hora que você simplifica, você não está só simplificando, você está dentro do sistema organizando para que todos paguem com a mesma regra, com a mesma alíquota — disse.
Na avaliação de Maia, a reforma tributária é fundamental para consolidar os avanços realizados com a reforma da Previdência.
— O Brasil não vai crescer só com a (reforma) previdenciária. O Brasil precisa se modernizar. O Brasil precisa modernizar o sistema tributário, da gestão dos recursos humanos do Estado, do sistema previdenciário. Mais segurança jurídica para que a gente tenha menos demanda para o Judiciário — disse.