A Petrobras anunciou, no início da noite desta quarta-feira (12), que mudará a política de preços de gasolina e diesel nas refinarias. Desde março de 2019, a estatal reajusta os valores do diesel a cada 15 dias.
"A partir de agora, os reajustes de preços de diesel e gasolina serão realizados sem periodicidade definida, de acordo com as condições de mercado e da análise do ambiente externo, possibilitando a companhia competir de maneira mais eficiente e flexível. A aplicação imediata desta revisão permitirá à Petrobras, no momento, reduzir os preços do diesel acompanhando as variações dos preços internacionais observadas nos últimos dias", afirma a Petrobras em nota.
O modelo de reajustes diários foi muito criticado em 2018, quando os preços dos combustíveis dispararam, em um processo que culminou com a greve dos caminhoneiros que paralisou o país por duas semanas.
A política de reajustes diários foi implantada em julho de 2017 pelo então presidente da Petrobras Pedro Parente. Em maio, após pedido de renúncia de Parente, o governo Temer lançou um programa de subvenção aos preços, que garantia ressarcimento a empresas que se dispusessem a vender o combustível a um valor tabelado pela ANP. O programa foi encerrado em dezembro. Até agora, a ANP já pagou R$ 6,7 bilhões em ressarcimentos com recursos do Tesouro Nacional - o valor deve superar os R$ 7 bilhões.
Com o fim do programa, a Petrobras decidiu segurar reajustes do diesel, como já vinha fazendo com a gasolina desde outubro de 2018. A empresa alega que pode usar mecanismos de proteção financeira - conhecidos como hedge -para evitar prejuízos.