
Em nota oficial publicada nesta sexta-feira (28), o Ministério da Economia do Brasil afirmou que prevê um crescimento de US$ 125 bilhões (equivalente a R$ 480 bilhões) no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, em 15 anos, com a assinatura do acordo Mercosul-União Europeia. Para efeito de comparação, o montante é equivalente a 6,94% do PIB de 2018, que somou US$ 1,8 trilhão.
"O acordo Mercosul-UE representará um incremento do PIB brasileiro de US$ 87,5 bilhões em 15 anos, podendo chegar a US$ 125 bilhões se consideradas a redução das barreiras não-tarifárias e o incremento esperado na produtividade total dos dos fatores de produção (...) O acordo propiciará um incremento de competitividade da economia brasileira ao garantir, para os produtores nacionais, acesso a insumos de elevado teor tecnológico e com preços mais baixos", afirma a nota.
O governo federal acredita que as exportações terão ganho de US$ 100 bilhões até 2035, e que o aumento de investimentos será de US$ 113 bilhões.
O presidente Jair Bolsonaro comemorou o acordo nas suas redes sociais.
A conclusão do pacto vem na esteira de uma maratona de reuniões de chanceleres e ministros dos quatro países-membros do bloco sul-americano (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) com os comissários europeus o Comércio, Cecilia Malmström, e da Agricultura, Phil Hogan.
A União Europeia é a segunda maior compradora de bens do Mercosul (20%), atrás apenas da China. As exportações do quarteto sul-americano para os 28 países do bloco europeu totalizaram 42,6 bilhões de euros em 2018. No outro sentido, a UE vendeu o equivalente a 45 bilhões de euros.
Carnes, soja, café, bebidas e tabaco estão entre os itens mais comercializados do sul para o norte. Na contramão, a UE vende sobretudo veículos e máquinas, produtos farmacêuticos e químicos e equipamentos de transporte ao Mercosul.