Em viagem ao Exterior desde sexta-feira (10), o governador Eduardo Leite diz ter sido pego de surpresa com o anúncio da Pirelli realizado na segunda-feira (13) de fechar a fábrica de Gravataí em até 24 meses. No sábado (18), em um compromisso agendado previamente pela empresa, Leite conversará com os representantes da Pirelli em Londres. A ideia é entender os motivos pelos quais a empresa decidiu fechar as portas no Rio Grande do Sul.
O encontro estava marcado desde antes do anúncio da Pirelli e seria em caráter "institucional". Na segunda-feira, pouco antes de anunciar a pretensão de terminar com as operações no Estado, diretores da fábrica estiveram com o governador em exercício, Ranolfo Vieira Junior, no Palácio Piratini, para discutir o assunto. A Ranolfo, informaram que a Pirelli está fazendo uma readequação global, passando pelo fechamento da planta em Gravataí. Não houve tentativa de negociação.
Em Nova York, onde está desde sexta-feira, Leite afirmou, por meio de sua assessoria, que deseja saber quais são as dificuldades da empresa e o que a levou a mudar o local da operação, para São Paulo. Como está acompanhado do secretário da Fazenda, Marco Aurelio Cardoso, a ideia é analisar o que é possível fazer e se há como estruturar eventual auxílio do governo do Estado. Caso a Pirelli feche as portas no Rio Grande do Sul, 900 empregados serão atingidos.