Em comunicado divulgado na manhã desta terça-feira (23), a Petrobras informa que aprovou, na segunda-feira (25), alteração da na periodicidade de reajuste nos preços do diesel nas refinarias. Os valores do combustível nas refinarias da companhia serão revistos por períodos de, no mínimo, 15 dias. A decisão ocorre em meio a movimentações de caminhoneiros no país, que ameaçavam dar início a uma nova paralisação. A categoria, insatisfeita, considera que os principais compromissos assumidos pelo governo Michel Temer no ano passado não estão sendo cumpridos.
É a segunda mudança na frequência de revisão dos preços desde que a política de reajustes diários foi estabelecida, em 2017. O modelo foi bastante criticado em 2018, em um processo que culminou com a greve dos caminhoneiros.
Sobre a adequação de preços, a petrolífera afirma que continuará usando mecanismos de proteção com o objetivo preservar a rentabilidade de suas operações de refino.
A Petrobras destaca, ainda, que manterá a observância de preços de paridade internacional (PPI), evitando práticas que possam caracterizar monopólio, já que possui 98% da capacidade de refino do Brasil.
De acordo com a empresa de combustíveis, atualmente, o preço do diesel ao consumidor final no Brasil é 18% inferior à média global. O dado é de pesquisa da Globalpetrolprices.com e envolve 163 nações — o país ocupa a 57º posição.
Ao que tudo indica em uma tentativa de acalmar o ânimo dos caminhoneiros, a Petrobras está desenvolvendo a implantação de cartão de pagamentos que viabilizará a compra por caminhoneiros de litros de diesel a preço fixo nos postos com a bandeira BR (Cartão Caminhoneiro). A iniciativa deve ser colocada em prática em um prazo de 90 dias, conforme a estatal.