O programa Gaúcha Atualidade ouviu nesta terça-feira (27) a presidente do Badesul, Susana Kakuta. Ela falou sobre a polêmica envolvendo o calote de R$ 140 milhões em dois contratos com grandes empresas do ramo de óleo e gás entre 2011 e 2014. Defendeu ainda que as operações de crédito maiores, como as duas dos calotes citados, sejam realizadas pelo BRDE, banco que também é integrado pelo Estado.
“O Badesul poderia ficar muito especializado na pequena empresa, no financiamento público. O Badesul já financiou mais de 80 municípios e isso sim faz a diferença, além de consultorias e projetos especiais”, destacou.
Susana relatou que, devido ao rebaixamento da nota da instituição pelo BNDES, há operações de novos financiamentos parados. Ao todo, são R$ 450 milhões em operações de créditos.
“Temos hoje em carteira sendo analisados cerca de R$ 250 milhões de novos investimentos. Além disso, a gente tem R$ 250 milhões em refinanciamento. É dinheiro que vai para a expansão de empresa, para a construção de uma nova fábrica, para melhorias no campo, através da irrigação e do sistema de armazenagem”, disse.
Calote
Sobre as operações de crédito que geraram calotes, ela afirmou que teria feito ações diferentes e admitiu que é difícil julgar, já que o momento econômico do Estado era diferente ao atual.
“O Polo Naval era uma grande verdade naquele momento. O momento econômico também contribuiu para que isso não se efetivasse”.
Sindicância
O Estado abriu sindicância para apurar o caso dos empréstimos com baixas garantias que geraram o calote. A ação acabou esfriando a coleta de assinaturas para uma CPI na Assembleia Legislativa que estava sendo capitaneada pelo deputado Sergio Turra (PP).
A situação do Badesul veio à tona a partir de reportagem do jornal Zero Hora.