A prévia da inflação oficial baixou de 1,18% em dezembro de 2015 para 0,92% em janeiro de 2016, conforme dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da queda, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) é o maior para o primeiro mês do ano desde 2003, quando chegou a 1,98%.
Em 12 meses, o indicador apresenta alta de 10,74%, acima do teto da meta do Banco Central, que é de 6,5%. A taxa é chamada de IPCA-15 porque mede a variação de preços entre os dias 15 do mês anterior e do mês de referência.
Segundo o IBGE, a maioria dos grupos de despesa pesquisados registrou preços menores. Alimentação e bebidas, que tem o maior peso na inflação do país, perdeu força e teve queda de 2,02% para 1,67%.
Mesmo com o recuo, três alimentos muito presentes na mesa do brasileiro tiveram as maiores altas: a cenoura (23,94%), o tomate (20,19%) e a cebola (15,07%).
O movimento de desaceleração da alta de preços também ocorreu em Habitação (de 0,69% para 0,57%), Artigos de Residência (de 0,60% para 0,48%), Vestuário (de 0,73% para 0,49%), Transportes (1,76% para 0,87%), Educação (0,32% para 0,28%) e Comunicação (0,87% para 0,11%).
A inflação registrou alta apenas nos grupos Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,61% para 0,66%) e Despesas Pessoais (de 0,56% para 1%).
Porto Alegre
A Região Metropolitana de Porto Alegre teve inflação prévia de 1,02% em janeiro, a terceira maior da pesquisa. No acumulado de 12 meses, fica em 11,21%.