Mais uma vez, as bolsas asiáticas apresentaram quedas expressivas nesta quinta-feira. Os motivos para a nova retração ainda estão ligados às dúvidas sobre a força da economia da China – que teve o pior desempenho em 25 anos – e à queda do preço do barril de petróleo.
A Bolsa de Tóquio teve recuo de 2,43%. Em Xangai, a baixa foi de 3,22%, e Hong Kong, por sua vez, caiu 1,39%. O que mais chamou a atenção foi que, pela primeira vez desde 1998, o principal índice da Bolsa de Hong Kong teve queda abaixo do valor do patrimônio líquido ("net asset"). Analistas dizem que esse é um sinal claro de que o dinheiro está saindo da praça financeira conhecida como uma das economias mais abertas do mundo.
– Nos mercados, a situação de momento é de muita instabilidade, e há muita preocupação – comentou um analista de Tóquio à agência especializada Bloomberg.
Para mostrar liquidez e dar um sinal positivo ao mercado, o Banco do Povo da China (PboC, o Banco Central) injetou 400 bilhões de yuans (US$ 60,79 bilhões) no sistema financeiro. Essa é a terceira vez na semana que dinheiro do governo é colocado no mercado.
A medida quer prover liquidez antes do feriado do Ano-Novo Lunar no país, que fecha os mercados por dias. Apesar dos problemas na Ásia, as bolsas da Europa abriram em níveis estáveis, com média de alta de 1%.