Conforme explicação da CEEE ao Tribunal de Contas do Estado, o pagamento da dívida do governo federal com a estatal por conta da disputa judicial em torno da Conta de Resultados a Compensar (CRC) rendeu R$ 2,9 bilhões em Notas do Tesouro Nacional do tipo B (NTN-B).
O acordo de janeiro de 2012 foi cumprido, e a empresa recebeu o valor em três vezes, até dezembro de 2013. Quase tudo foi gasto. A maior parcela de R$ 1,6 bilhão, foi usada para quitar despesas de compra e transporte de energia e encargos setoriais.
É difícil de entender, mas a direção da CEEE assegura que boa parte dos recursos foi usada no pico da crise energética, quando a seca e a escassez de geração levaram o preço do megawatt hora no mercado para R$ 822 - sendo que novos projetos vendiam por R$ 125.
Marta Sfredo: o mapa do tesouro do bilhão da CEEE
E agora que a CEEE precisa acertar as contas, sob o risco de perder a concessão de distribuição, sobrou algum? Sim, R$ 1,1 milhão. Ou seja, nada. Isso quer dizer que, se não fosse a ação bilionária, a situação da companhia estaria ainda pior, admitem os atuais gestores.
- A CRC deu uma sobrevida à companhia - disse na terça-feira o diretor financeiro da CEEE, Roberto Calazans, egresso da Secretaria da Fazenda.
Para manter concessão, CEEE estuda vender sede
O presidente da CEEE, Paulo de Tarso Pinheiro Machado, convocou Calazans e o diretor de geração, Carlos Ronaldo Vieira Fernandes, para testemunhar que...
1. "nem um centésimo de centavo" foi parar no caixa único (nem poderia)
2. o dinheiro não sumiu, como se temia.
Em tese, a CEEE não precisa de mais R$ 3 bilhões para sobreviver porque não haverá outra crise tão forte. Em tese.
Leia as últimas notícias do dia
Leia mais sobre Economia
![](http://www.clicrbs.com.br/rbs/image/17472271.jpg?w=700)