Se ainda estivesse à frente do Banco Central, Gustavo Franco não veria muito o que fazer de diferente das ações da gestão Alexandre Tombini que, desde o ano passado, aumenta o juro para tentar conter a inflação:
- O que se espera de alguém cujo ente familiar foi sequestrado? Obedecer ao sequestrador, certo? - disse nesta segunda-feira, pouco antes de participar da abertura do Fórum da Liberdade, na Capital.
Neste caso, o sequestrador seria a política fiscal que, "provavelmente", vem do Palácio do Planalto e cuja execução é determinada ao Ministério da Fazenda, que continua com as torneiras abertas para gastos públicos. Ainda mais em ano eleitoral, diga-se de passagem.
Partidário da tese de que o investimento não deslancha por falta de confiança na política econômica, acredita que a situação só tende a mudar após os "personagens, alguns ainda desconhecidos" do cenário eleitoral, se definirem. Disse, porém, que o mercado já escolheu seu candidato - e não é o partido que comanda o país:
- Essa reação ansiosa dos mercados já dá uma ideia para quem torcem e como estão de olho na oposição - antecipa o executivo, que nesta terça terá reunião, na Capital, com os clientes de sua empresa - a Rio Bravo Investimentos.