Em Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o Brasil foi um dos únicos países que, mesmo num período de crise, conseguiu avançar na redução da desigualdade e da pobreza. Mantega também disse que o país continuou a ver a renda da classe média e da base da pirâmide aumentar de forma mais rápida. As declarações do ministro foram dadas ao Blog do Planalto.
- Podemos dizer que a população brasileira foi a que menos sentiu a crise mundial. E mantivemos também elevado o nível de emprego, que é fundamental. Enquanto na Europa, o desemprego chega a níveis acima de 12% e, até agora, não se vê uma saída para isso. No Brasil, nós conseguimos manter uma situação de, praticamente, pleno emprego para todos os segmentos sociais e durante todo o tempo - ressaltou Mantega.
O ministro afirmou ainda que o país se prepara, junto com o resto do mundo, para a superação da crise econômica, o que vai trazer taxas maiores de crescimento. Mantega participa, nesta quinta, de um debate sobre o Brics, bloco formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Segundo ele, há uma avaliação errada de que, com a recuperação da economia, os países avançados recuperarão a dianteira do crescimento.
- À medida em que o comércio mundial se reativar, voltar a crescer a taxas um pouco maiores, os Brics, que estão crescendo menos do que cresciam nas suas taxas históricas, voltarão a acelerar as suas taxas de crescimento - afirmou.