Com a cassação de liminares que tentavam impedir o leilão, será realizada hoje a oferta pública dos aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, e de Confins, em Belo Horizonte. Os consórcios vencedores devem assumir a administração dos terminais só entre outubro e novembro de 2014, bem depois da Copa do Mundo.
Cinco consórcios se inscreveram para a licitação, que será realizada de forma simultânea para os dois terminais. Os participantes não poderão arrematar os dois aeroportos, mas terão liberdade para participar da disputa de lances em viva-voz, caso apenas um grupo demonstre interesse por um dos aeroportos concedidos.
A estimativa do governo federal é de que os dois terminais tenham mais de um concorrente, e que o ágio ultrapasse os 350% do leilão anterior, quando foram concedidos Guarulhos e Viracopos, em São Paulo, e Brasília.
Os preços mínimos somam cerca de R$ 6 bilhões. Em obras, os dois aeroportos devem exigir dos vencedores cerca de R$ 9,2 bilhões nos próximos anos. Parte será investida em "melhorias imediatas", como disponibilidade de assentos, elevadores e escadas rolantes. O governo federal listou 32 Indicadores de Qualidade de Serviço (IQS) como alvos de intervenções.
A partir da assinatura do contrato, prevista para 17 de março de 2014, haverá um período de 120 dias de transição, em que a operação dos terminais será feita pela Infraero com acompanhamento da nova concessionária.
Nos três meses seguintes, a operação será compartilhada e só então as concessionárias assumem os terminais, embora a Infraero permaneça com participação de 49%. A medida, segundo a Anac, visa evitar interrupção de serviços e problemas durante a Copa do Mundo, em junho. Juntos, Galeão e Confins respondem por 14% da movimentação de passageiros no país e quase 12% do tráfego aéreo nacional.
No martelo
Leilão dos aeroportos de Galeão e Confins deve render ao menos R$ 6 bilhões
Só depois da Copa, em outubro de 2014, gestão privada assumirá terminais do Rio e de Belo Horizonte
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