
Não é formada apenas por empresários a plateia do 14° Congresso Internacional de Gestão, que começou neste segunda-feira em Porto Alegre. Estudantes e religiosos também buscam aumentar os conhecimentos nas áreas de gestão e qualidade de serviços. Foi para aprofundar a excelência no trabalho que as irmãs da comunidade terapêutica Casa Marta e Maria estão participando das atividades promovidas pelo Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP).
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Viviane Rodrigues e Elaine Aparecida pertencem à congregação Copiosa Redenção e atuam como voluntárias no tratamento de mulheres com dependência química. As duas chamaram bastante a atenção em meio ao público, que em sua grande maioria usava terno e gravata.
- Teve uma mulher que me chamou para jogar basquete em um estande da feira. Imagina eu fazendo isso? Nem ia chamar a atenção quase - brincava Viviane, usando saia longa e véu na cabeça.
Ao contrário da dupla de religiosas novata no evento, Aline Molossi participa pela quarta vez do congresso. Gerente de um laboratório médico que realiza diagnósticos de câncer em Erechim, formou-se bacharel em Direito, mas hoje se dedica à área da saúde. As preferências da agora administradora estão nas oficinas e nos livros que estão à venda no local.
- Estar aqui é ter a oportunidade de ter acesso às informações que eu não consigo em uma cidade do interior - explica.
Para empresários, segredo está na formação da qualidade
Uma pesquisa chamada Estado Global da Qualidade, realizada em 22 países, apontou que 23% das empresas brasileiras não utilizam ferramentas de qualidade na gestão. O estudo completo, envolvendo 1.991 empresas, foi apresentado depois da abertura do evento, que tem presença prevista de 8 mil pessoas. Para o presidente do conselho diretor do Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP), Ricardo Felizzola, quem lidera precisa conhecer processos e estar atento a tudo o que acontece.
- Para um gestor, não entender de gestão é como não saber escrever - explica.
O vice-presidente internacional do conselho superior, Joal Teitelbaum, avalia que o segredo de tudo está na base. Para o país parar de derrapar, como ele mesmo diz, é preciso focar sobre qualidade na escola.
- A criança precisa saber que ela está sendo criada para um mundo competitivo. Se aprender nos primeiros bancos escolares, será um adulto mais preparado - diz.