Cerca de cem produtores fazem fila em frente a Cotrijuí, em Chiapeta, no noroeste do Estado, para retirar a soja que depositaram nos armazéns da cooperativa. Apesar das declarações dos atuais dirigentes, de que os débitos não representam um problema insolúvel diante do faturamento anual de R$ 1,2 bilhão, os produtores temem perder a produção pela situação financeira da cooperativa, que tem dívida de cerca de R$ 270 milhões.
Produtores também retiraram soja na unidade de Santo Augusto, município vizinho a Chiapeta.
No início da semana, a direção da empresa confirmou que a safra poderia ser entregue na modalidade de armazenamento geral, em que a soja fica em nome do agricultor. Porém, durante reunião na última terça-feira, Vanderlei Fragoso, presidente da cooperativa, informou que a Cotrijuí ainda não estava apta a receber grãos nesta modalidade.
- O produtor acreditou na direção, mas não teve respaldo na questão do (sistema de) armazém geral. A cooperativa também não está conseguindo vender a soja. Precisamos faturar logo a produção para pagar as contas, já viemos de uma safra frustrada - afirma Alcides Guarda Lara, produtor de Chiapeta.
O presidente da cooperativa afirma que ninguém será impedido de retirar produtos depositados na Cotrijuí.