Foi comunicado na manhã desta quinta-feira o fechamento da venda de 24,5% do capital social da MPX Energia, do empresário Eike Batista, à empresa alemã E.ON. A MPX é uma unidade do grupo EBX que tem projeto de construção de duas usinas térmicas abastecidas a carvão no Rio Grande do Sul.
Além da venda de parte do negócio, a MPX também fará uma captação de recursos, por meio de oferta pública de ações, no valor de pelo menos, R$ 1,2 bilhão.
O negócio foi cercado de rumores, que no início davam conta da transferência de controle da MPX, mas dias depois do anúncio da liberação do carvão como fonte de energia de usinas para leilão público de entrega de energia - o que significa viabilidade de financiamento para os projetos - o grupo divulgou nota assegurando que manteria participação majoritária na empresa. As empresas de capital aberto - com ações negociadas no mercado - do grupo EBX tiveram prejuízo consolidado de R$ 2,51 bilhões no ano passado.
O mau desempenho das ações das empresas do grupo levou Eike a fazer um acordo com o banco BTG Pactual, do empresário André Esteves, para formar um comitê de gestão para os negócios, que inclui reestruturação das empresas ligadas à holding.