Diante da não apresentação de propostas para o leilão do trem-bala que ligará Campinas a São Paulo e Rio de Janeiro, o governo decidiu dividir a licitação em duas etapas, uma para a tecnologia e a operação do Trem de Alta Velocidade (TAV) e outra, posterior, para as obras de infraestrutura.
- Percebíamos que havia possibilidade de não haver propostas, mas achávamos que tínhamos os elementos para um processo disputado - afirmou no final da tarde o diretor geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo.
- São poucas empresas que detêm a tecnologia da operação, mas tínhamos certeza que o mercado era capaz de atender aos requisitos - acrescentou.
Segundo Figueiredo, o governo mantém o projeto do trem-bala, que seria "essencial para resolver o problema dos transportes na região".
- Não existe solução mais adequada, não adianta ser contra o TAV e não apresentar solução viável - completou, ressaltando que o trem é um meio de transporte confortável, seguro, rápido, previsível e competitivo.
A primeira fase da licitação tratará apenas da tecnologia e da operação dos trens.
- Temos confiança que vamos ter processo disputado nessa etapa - disse o diretor geral.
Na segunda etapa, serão licitadas as obras de infraestrutura.
- Quando licitarmos a infraestrutura teremos um projeto detalhado, e o consórcio vencedor terá que licitar trechos das obras para empresas médias e grandes, nacionais e internacionais - afirmou Figueiredo.
Apesar da divisão do processo em duas etapas ainda sem data para acontecerem, o diretor da ANTT acredita que não haverá mais atrasos para o início das obras:
- Os prazos não mudam e obras devem se iniciar no começo de 2013.
Notícia
Após falta de propostas, governo divide licitação do trem-bala em duas etapas
Na primeira etapa, será contratada a empresa que vai fornecer a tecnologia e operar o veículo
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