Durante visita ao Rio Grande do Sul, a presidente Dilma Rousseff afirmou que a proposta do governo para reajuste do salário mínimo permanece em R$ 545. A presidente destacou a importância da manutenção do acordo feito com as centrais sindicais durante o governo Lula, por meio do qual é calculada a correção do salário mínimo. A metodologia prevê como índice a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes e mais a inflação do ano anterior.
- O que nós queremos saber é se as centrais querem ou não a manutenção desse acordo pelo período do nosso governo. E se querem, o que nós propomos é R$ 545.
A presidente também desvinculou o debate sobre o reajuste do salário mínimo da discussão sobre correção da tabela do Imposto de Renda.
- Não achamos correta a discussão simultânea da questão da tabela do IR. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. (...) Por isso, não concordamos com o que saiu nos jornais e que era dito por várias pessoas, inclusive pelas centrais, que o reajuste, se houvesse, da tabela do IR fosse feito pela inflação passada. No que se refere a esse reajuste, teria sempre de olhar não a inflação passada, pois isso seria carregar a inércia inflacionária para dentro de uma das questões essenciais, que é o imposto de renda.
Para Dilma, a mudança, se houver, deve ocorrer baseada na expectativa de inflação futura, levando em consideração o centro da meta, de 4,5%.
- Foi isso que o minsitro Gilberto Carvalho [ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República] esclareceu, que jamais a gente discutiu nos últimos oito anos e também não discutiríamos a partir de agora qualquer política de indexação. Não concordamos. Achamos que para o trabalhador o controle da inflação é um valor essencial.
A presidente falou em coletiva de imprensa após reunião com o governador do estado do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, e o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra. Na mesma coletiva de imprensa, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, também confirmou o repasse de R$ 20 milhões ao governo do Estado, para investimento em obras que possam amenizar os efeitos da seca no Sul.
Dilma destacou a importância da Metade Sul para o Estado:
- Representa uma das fontes de competitividade do Brasil, que é a competência da produção agrícola. O governo federal vai olhar com muito cuidado para esta região para não permitir quebra de produção no setor.
A estiagem já levou 15 municípios gaúchos a decretarem situação de emergência. Dilma Rousseff embarcou de volta a Brasília por volta das 13h.
Escute o discurso da presidente:
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a homologação do decreto de situação de emergência:
Veja a localização das cidades em situação de emergência no mapa:
Notícia
Dilma diz que proposta do governo para reajuste do salário mínimo se mantém em R$ 545
Presidente desvinculou debate sobre o mínimo da discussão de correção da tabela do IR
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